Quinta, 28 de abril de 2022

(At 5,27-33; Sl 33[34]; Jo 3,31-36) 

2ª Semana da Páscoa.

“De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida” Jo 3,34.

“O diálogo com Nicodemos constitui a oportunidade para Jesus explicar sua origem e missão. Ele veio do alto, do Pai. Portanto, seu horizonte existencial superava os limites da história humana e lançava raízes no próprio Deus. Foi assim que Jesus declarou sua divindade. Sua origem celeste e sua superioridade em relação a todos fazia-o tão próximo de Deus a ponto de revesti-lo dos atributos próprios da divindade. Sua missão constitui em dar testemunho do que aprendeu junto do Pai. Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus. Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria rejeitar quem o enviou. Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que o Pai não hesitou em colocar nas mãos do Filho, inclusive o poder de julgar a vida de quem se negar a crer nele. A contemplação do Ressuscitado coloca-nos diante de uma opção intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus e, com isso, obter a salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna. Quem é prudente, opta pela salvação. – Espírito de decisão, leva-me sempre a escolher o caminho da fé e da salvação, indicados pelo Filho, como único capaz de me levar à reconciliação com o Pai (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite