(At 5,27-33; Sl 33[34]; Jo 3,31-36)
2ª Semana da Páscoa.
“De fato, aquele que
Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o Espírito sem medida” Jo 3,34.
“O diálogo com
Nicodemos constitui a oportunidade para Jesus explicar sua origem e missão. Ele
veio do alto, do Pai. Portanto, seu horizonte existencial superava os limites
da história humana e lançava raízes no próprio Deus. Foi assim que Jesus
declarou sua divindade. Sua origem celeste e sua superioridade em relação a
todos fazia-o tão próximo de Deus a ponto de revesti-lo dos atributos próprios
da divindade. Sua missão constitui em dar testemunho do que aprendeu junto do
Pai. Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente
verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus.
Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria
rejeitar quem o enviou. Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que
o Pai não hesitou em colocar nas mãos do Filho, inclusive o poder de julgar a
vida de quem se negar a crer nele. A contemplação do Ressuscitado coloca-nos
diante de uma opção intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus
e, com isso, obter a salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna.
Quem é prudente, opta pela salvação. – Espírito de decisão, leva-me
sempre a escolher o caminho da fé e da salvação, indicados pelo Filho, como
único capaz de me levar à reconciliação com o Pai” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite