(Ez 47,1-9.12; Sl 45[46]; Jo 5,1-16)
4ª Semana da Quaresma.
“Jesus viu o homem deitado
e, sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: ‘Queres ficar curado?’”
Jo 5,6.
“A presença de Jesus
era aquilo que faltava para que o paralítico obtivesse a cura desejada. O
imenso desejo de ser curado levou-o, durante 38 anos longos anos, à piscina de
Betesda, cujas águas, ao pôr-se em movimento, restituíam a saúde ao primeiro
que nelas entrasse. No entanto, por ser paralítico, aquele homem não tinha
agilidade suficiente para antecipar-se aos demais doentes. Resultado:
permanecia ali, curtindo sua esperança de cura, enquanto outros eram
miraculados. A chegada de Jesus abriu-lhe a inesperada perspectiva de ser
curado, sem necessidade do contato com as águas revoltas. E o milagre
aconteceu. A seguir, obedecendo à ordem de Jesus, ele pegou a cama na qual
jazia, e pôs-se a caminhar, sem dificuldades. Este fato evangélico ajuda-nos a
descobrir um sentido novo, na paixão de Jesus. Tal qual este doente de
Jerusalém, toda a humanidade encontrava-se como que paralisada por causa do
pecado, ansiando, ardentemente, pela libertação. Por si mesmas, as pessoas não
conseguiriam atingir este objetivo. Necessitaram, pois, da ajuda de Jesus, cuja
vida consistiu em colaborar para que todos pudéssemos superar a paralisia do
pecado, e caminhar livremente para Deus. Em última análise, todos somos como o
paralítico. Só Jesus, por sua morte e ressurreição, pode propiciar-nos a
libertação. – Espírito de acolhida, torna-me sensível para eu
reconhecer que, pela morte e ressureição de Jesus, o Pai possibilitou a minha
salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite