(Jn 3,1-10; Sl 50[51]; Lc 11,29-32)
1ª Semana da Quaresma.
“No dia do
julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a
condenarão.
Porque eles se
converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que
Jonas”
Lc 11,32.
“Os contemporâneos de
Jesus não fizeram muito caso da sua pregação. Quando confrontados com a
exigência de conversão, colocavam em dúvida a pessoa do Mestre, exigindo dele
sinais que comprovassem sua autoridade. No fundo, a geração perversa daquele
tempo não estava disposta a abrir mão se seus esquemas, e a acolher a proposta
que lhe era apresentada. As exigências de Jesus eram vistas com desprezo por
quem se sentia seguro, apegado às próprias ideias, e convencido da própria
salvação; por quem havia reduzido Deus aos limites da própria mentalidade, um
Deus que já não tinha mais força para questionar; por quem cultuava a tradição,
apegando-se ao passado. A censura de Jesus a seus contemporâneos evidencia que
eles tinham perdido uma grande chance oferecida por Deus. Até mesmo os
habitantes de Nínive, apesar de serem pagãos, deram ouvido a Jonas; e fizeram
penitência, após a pregação do profeta. Mesmo a rainha de Sabá, vinda de longe,
fora ter com o rei Salomão – homem extraordinariamente sábio –, a fim de ser
instruída por ele. A geração do tempo de Jesus, ao invés disso, fechou-se,
decididamente, diante do convite que lhe era feito, chegando até a suspeitar do
Mestre. A prudência nos recomenda a estarmos atentos aos apelos de Deus, para
que não tenhamos de lamentar a chance perdida. Diante do convite de Jesus, é
necessário converter-se, sem demora. – Espírito de prudência, faze-me
acolher, sem demora, o convite de Jesus, de modo que eu não perca a chance de
converter-me ao evangelho da salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite