Sábado, 12 de março de 2022

(Dt 26,16-19; Sl 118[119]; Mt 5,43-48) 

1ª Semana da Quaresma.

“Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem” Mt 5,44.

“C. G. Jung interpretou o preceito de Jesus de amar os inimigos como uma ordem para amarmos em primeiro lugar o inimigo dentro de nós mesmos. Só então seremos capazes de amar também o inimigo fora de nós, porque veremos no inimigo que nos quer mal um irmão ou uma irmã que é dominado pelos mesmos impulsos destrutivos de agem dentro de nós mesmos. Descobrimos neles o mal que antes já tínhamos descoberto em nós mesmos. Muita inimizade nada mais é do que o resultado de uma projeção. O outro projeta sobre mim aquilo que ele não consegue aceitar em si próprio. Quem se conhece e aceita a si mesmo recebe a projeção sem se deixar dominar por ela. Ele não se torna inimigo daquele que lança o seu lado agressivo sobre ele. Antes, vê no outro aquele que gostaria de estar em paz consigo mesmo e com a sua vida. O amor aos inimigos não implica não poder impor limites a eles. Não faz bem ao ser humano extravasar sem restrições suas tendências destruidoras. Ele precisa dos limites que outros lhe impõem, mas, ao mesmo tempo, precisa do amor que é capaz de curar a agressividade que está dentro dele” (Anselm Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite