Quarta, 23 de março de 2022

(Dt 4,1.5-9; Sl 147[147B]; Mt 5,17-19) 

3ª Semana da Quaresma.

“Não penseis que vim para abolir a Lei e os profetas. Não vim para abolir,

mas para dar-lhes pleno cumprimento” Mt 5,17.

“Jesus não vem para destruir a lei, nem consagrá-la como intocável, mas para dar-lhe, com seu ensinamento e seu modo de atuar, uma forma nova e definitiva, na qual, por fim, realiza-se em plenitude aquilo para o qual a lei conduzia. O amor, em que já se resumia a lei antiga, passa a ser o mandamento novo de Jesus (João 13,34), e cumpre toda a Lei. Os rabinos dividiam a Bíblia em três partes fixas: a Lei, os Profetas e os Escritos: nesta passagem, Jesus afirma que ele não veio anular os valores normativos do Antigo Testamento: a Lei e os Profetas, mas tornar possível sua plena realização na nova lei evangélica. Não é que a lei de Moisés e al ei evangélica sejam duas leis opostas entre si; são antes uma só lei: a lei de Deus para o homem, em duas etapas; a segunda etapa é de contemplação e aperfeiçoamento da primeira, pois o Antigo Testamento era também uma preparação do Novo Testamento. Certos ritualismos externos ou manifestações exteriores do Antigo Testamento não seriam obrigatório no Novo Testamento, visto que o próprio Jesus corrigiu o critério de servir a Deus apenas exteriormente e, repetidamente, insistiu conosco que não se deve adorar a Deus, a não ser em espírito e em verdade” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave- Maria).

  Pe. João Bosco Vieira Leite