Segunda, 14 de fevereiro de 2022

(Tg 1,1-11; Sl 118[119]; Mc 8,11-13) 

6ª Semana do Tempo Comum.  

“Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: ‘Por que esta gente pede um sinal?

Em verdade eu vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal’” Mc 8,12.

“Os fariseus discutiam com o Senhor. Podemos imaginar que o Senhor sabia expor maravilhosamente sua doutrina e que sua palavra era clara, profunda e convincente. No entanto, os fariseus não a aceitaram. É que o Senhor não pode ser aceito com a mente, se antes não lhe tivermos aberto o coração... A fé não é tanto uma questão de conhecimento, mas sim de entrega; não tanto a luz da clarividência, mas sim uma generosa aceitação. Os judeus não ficaram convencidos. Por isso pediam o sinal que os movesse. Não lhes era suficiente a palavra que lhes entrava pelos ouvidos, e exigiram um sinal que lhes entrasse pelos olhos. Se estamos consagrados à pregação da palavra de Deus, também estamos para dar testemunho pela santidade de nossa vida. ‘A evangelização, isto é, o anúncio de Jesus Cristo, pregado pelo testemunho da vida e da palavra’, diz-nos o Concílio. Aos leigos adverte-se que ‘todos os cristãos são obrigados a manifestar com o exemplo de sua vida e o testemunho da palavra o homem novo de que se revestiram pelo batismo’. Aos sacerdotes também recorda o Concílio: ‘Estão obrigados a dar o testemunho da verdade e de vida...’. E aos religiosos diz: ‘Os religiosos, em razão de seu estado. Proporcionam um preclaro e inestimável testemunho de que o mundo não pode ser transformado, nem oferecido a Deus, sem o espírito das bem-aventuranças...’ Os judeus pediam um ‘sinal’. O mundo da atualidade também está pedindo ao cristão, ao sacerdote, ao religioso, que sejam verdadeiro sinal-sacramental de Jesus Cristo. Perguntemos, pois, à nossa própria consciência: Sou verdadeiro sinal de Cristo? O homem de hoje pode ver Cristo em mim? Em minha vida particular, em minha atuação pública ou profissional, transpareço o Senhor?” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave- Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite