(1Rs 10,1-10; Sl 36[37]; Mc 7,14-23)
5ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus chamou a
multidão para perto e disse: ‘Escutais todos e compreendei: o que torna impuro
o homem não é o que entra nele, vindo de fora, mas o que sai do seu interior” Mc 7,14-15.
“Jesus buscou
recuperar a interioridade e a profundidade da prática da fé, contrapondo-se à
exterioridade e superficialidade dos escribas e fariseus. Exortava seus
discípulos a perceberem que a verdadeira contaminação do ser humano não provém
do seu exterior, e sim, do coração. Assim, quem pretende apresentar-se puro
diante de Deus, deve, antes, purificar seu íntimo de onde provém todo o mal.
Esta purificação não consiste num gesto exterior, como seria um banho ou uma
lavagem de mãos. Ela acontece quando a pessoa, sintonizada com Deus, elimina
tudo o que pode perturbar sua relação com o próximo. Quem é puro pensa no bem
de seu semelhante; respeita-lhe a vida, o corpo e a propriedade; é
misericordioso no trato com ele; não age com dolo ou malícia. Estes são sinais
inequívocos da pureza interior. Se isto não acontece, por mais que o indivíduo
se lave com água, está cheio de impurezas e despreparado para realizar um culto
agradável a Deus. As coisas materiais são indiferentes; não tem um poder mágico
de contaminação. Portanto, os discípulos não devem dar atenção às insinuações
dos fariseus. Não vale a pena buscar a pureza pelo caminho indicado por eles.
– Espírito de pureza, limpa-me no mais íntimo do meu ser, no meu
coração, de modo que eu possa mostrar-me puro no trato com meu semelhante” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite