(1Rs 3,4-13; Sl 118[119]; Mc 6,30-34)
4ª Semana do Tempo Comum.
“Ao desembarcar,
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem
pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas” Mc 6,34.
“As multidões não
davam sossego a Jesus e aos discípulos. Era-lhes difícil encontrar tempo e
lugar para estarem a sós com o Mestre, e descansar das fadigas da missão. Às
vezes, nem tinham tempo para comer, tal era o afluxo de gente. Quando sabiam
que Jesus estava se dirigindo para algum lugar, corriam para lá, chegando antes
dele. Era como se fossem ovelhas em busca de um pastor. A situação de abandono
do povo sensibilizava profundamente Jesus. Daí o extremo interesse com que as
pessoas ouviam Jesus falar, e a ânsia de serem beneficiadas por ele. E sempre
encontravam acolhida por parte do Mestre. A atitude de Jesus estava em estreita
relação com o serviço ao Reino, para o qual fora enviado. Esse Reino comportava
a Boa Nova de libertação para os pobres, e deveria devolver aos seus corações a
esperança há muito perdida pelo descaso com que eram tratados. A Jesus
competia, por assim dizer, re-humanizá-los, tirando-os da marginalização a que
foram relegados, e abrir-lhes uma perspectiva de vida para além de suas dores e
sofrimentos. O Mestre apresentou-se como líder deste grande movimento de
recuperação da dignidade humana, dando atenção ao povo sofrido e propondo-lhe o
Reino como ideal. – Espírito de sensibilidade, dá-me um coração que se
deixa tocar pelos anseios dos pobres e saiba colocar-se a serviço deles” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite