(1Rs 2,1-4.10-12; Sl 1 Cr 29; Mc 6,7-13)
4ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus chamou os Doze
e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros”
Mc 6,7.
“Desde o início, os
apóstolos foram alertados para contar com as contrariedades, no desenrolar da
missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não ficassem frustrados
diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser realistas. A missão
não está encerrada, só porque alguns se mostram refratários à pregação. A
reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem deixar esmorecer seu zelo
missionário. Seria incorreto lançar impropérios contra os que não acolhem o
missionário. Seria igualmente incorreto desejar para eles o castigo divino. Foi
o que aconteceu, quando os discípulos pediram que Jesus mandasse fogo do céu
para consumir os samaritanos que não lhes deram acolhida. O Mestre, porém,
proibiu-lhes todo tipo de represália. Aconselhava-os, no entanto, a fazer um
gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó das sandálias, em
sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer, quando regressavam à
Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs. Esse gesto continha
dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os apóstolos
assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os apóstolos não
têm responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas cidades, cuja poeira
não querem levar consigo. Seguindo em frente, os apóstolos recomeçam a missão,
sem nunca desanimar. – Espírito de zelo missionário, ensina-me a
superar os desafios da missão, sem deixar-se abater pelos insucessos” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite