Quinta, 03 de fevereiro de 2022

(1Rs 2,1-4.10-12; Sl 1 Cr 29; Mc 6,7-13) 

4ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros”

Mc 6,7.

“Desde o início, os apóstolos foram alertados para contar com as contrariedades, no desenrolar da missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não ficassem frustrados diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser realistas. A missão não está encerrada, só porque alguns se mostram refratários à pregação. A reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem deixar esmorecer seu zelo missionário. Seria incorreto lançar impropérios contra os que não acolhem o missionário. Seria igualmente incorreto desejar para eles o castigo divino. Foi o que aconteceu, quando os discípulos pediram que Jesus mandasse fogo do céu para consumir os samaritanos que não lhes deram acolhida. O Mestre, porém, proibiu-lhes todo tipo de represália. Aconselhava-os, no entanto, a fazer um gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó das sandálias, em sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer, quando regressavam à Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs. Esse gesto continha dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os apóstolos assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os apóstolos não têm responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas cidades, cuja poeira não querem levar consigo. Seguindo em frente, os apóstolos recomeçam a missão, sem nunca desanimar. – Espírito de zelo missionário, ensina-me a superar os desafios da missão, sem deixar-se abater pelos insucessos (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite