(1Jo 4,7-10; Sl 71[72]; Mc 6,34-44)
Tempo do Natal, depois da Epifania.
“Jesus perguntou: ‘Quantos pães tendes? Ide ver’.
Eles foram e responderam: ‘Cinco pães e dois peixes’” Mc 6,38.
“À manifestação – epifania – de Jesus
deve corresponder a epifania dos cristãos. Na medida em que estes assimilam o
projeto dele e por ele são transformados, estará em condições de mostrar para o
mundo o rosto de Jesus, por meio de ações concretas. O milagre da multiplicação
dos pães comporta dois gestos indispensáveis do agir cristão, que capacitam os
discípulos para serem como o Mestre: o gesto da solidariedade e da partilha. A
solidariedade perpassa todo o episódio evangélico. Solidariedade de Jesus que
se compadece do povo, que era como ovelhas sem pastor; dos discípulos e de
Jesus preocupados com a fome do povo; do menino que possuía cinco pães e dois
peixes e colocou à disposição de todos; de cada pessoa daquela multidão capaz
de perceber a carência dos outros. A partilha decorre da solidariedade. Alguém
pôs seu pequeno farnel à disposição de todos. Então, sob as ordens de Jesus e a
intermediação dos apóstolos, os grupos sentaram-se na relva. Depois, à medida
que recebiam pão e peixe, também os partilhavam com os que estavam ao redor.
Desta forma, todos puderam comer até ficarem saciados. E ainda sobraram doze
cestos cheios. Quando existe partilha, existe abundância! A solidariedade e a
capacidade de partilhar são os mais convincentes sinais de fé em Jesus, que os
cristãos podem oferecer ao mundo. Uma forma excelente de fazer a epifania
acontecer na nossa História. – Espírito de solidariedade e de partilha, faze
com que eu seja epifania de Jesus Cristo, tornando-me solidário com os pobres
excluídos, que me apelam para a partilha” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).