(1Sm 24,3-21; Sl 56[57]; Mc 3,13-19)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus subiu ao monte
e chamou os que ele quis. E foram até ele” Mc 3,13.
“Deus chama a quem
quer; nenhuma profissão é obstáculo para exercer o apostolado; Deus não olha
para a vida passada, não exige mais que a correspondência a seu chamado. Jesus
Cristo não se deixa orientar, ao escolher seus apóstolos, por meios humanos;
parece, ao invés, que tem maior interesse em retificar nossos critérios.
Indica-nos, com isso, que o apóstolo é obra exclusivamente sua e ele dá sua
graça a quem quer; daí não termos razão alguma para envaidecer-nos, pois o
mérito de nossa eleição não se fundamenta em nós, mas na sua infinita
liberalidade. Jesus chamou os doze, separou-os, afim de que o seguissem, a fim
de que estivessem e vivessem com ele e para enviá-los a pregar; e, ao torna-los
partícipes de sua missão, confere-lhes também seus poderes messiânicos e
redentores. Talvez atualmente não sejam tão visíveis as obras maravilhosas e
prodígios operados pelos discípulos do Senhor Jesus, no entanto são muitas as
maravilhas da graça e as do amor que operam nas próprias almas e nas dos
outros; e o poder do demônio vai diminuindo à medida que avança o poder do
Espírito, impulsionando os verdadeiros discípulos de Jesus em seu apostolado.
Ao chamar os doze, como diz São Marcos, ‘designou doze’ (v. 14), isto é, fundou
sua Igreja sobre os apóstolos e fundou-a organizadamente, institucional e
estruturada com uma hierarquia apostólica, à qual ele entregou o governo e
direção da mesma. Haverá na Igreja de Deus diversidade de funções e ministérios,
mas sempre sujeitos à linha hierárquica e magisterial de quem foi colocado por
Jesus Cristo à frente de sua Igreja, para regê-la e governa-la e para
preservá-la de todo erro dogmático ou moral” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave- Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite