(At 22,3-16; Sl 116[117]; Mc 16,15-18)
Conversão de São Paulo.
“Ora, aconteceu que,
na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio-dia,
de repente uma grande
luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim” At 22,6.
“A festa da Conversão
de São Paulo coloca-nos de novo na presença deste grande Apóstolo, escolhido
por Deus para ser a sua ‘testemunha diante de todos os homens’ (At 22,15). Para
Saulo de Tarso, o momento do encontro com Cristo ressuscitado no caminho de
Damasco marcou a mudança decisiva da vida. Realizou-se então a sua completa
transformação, uma verdadeira conversão espiritual. Num momento, por
intervenção divina, o cruel perseguidor da Igreja de Deus ficou cego, oscilando
na escuridão, mas levando já no coração uma grande luz que o teria guiado, dali
a pouco, para ser um fervoroso apóstolo do Evangelho. A consciência de que só a
Graça divina tinha podido realizar uma tal conversão nunca abandonou Paulo.
Quando já havia dado o melhor de si, consagrando-se incansavelmente à pregação
do Evangelho, escreveu com renovado fervor: ‘tenho trabalhado mais do que todos
eles; não eu, mas a Graça de Deus, que está comigo’ (1Cor 15,10). Incansável
como se a obra da missão dependesse totalmente dos seus esforços, São Paulo
foi, contudo, sempre mais animado pela profunda persuasão de que a sua força
provinha de Graça de Deus que agia nele” (Bento XVI, Basílica de São Paulo
fora dos Muros, 25 de janeiro de 2008.
Pe. João Bosco Vieira Leite