(1Sm 16,1-13; Sl 88[89]; Mc 2,23-28)
2ª Semana do Tempo Comum.
“E acrescentou: ‘O
sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado’” Mc 2,27.
“Você pode até não acreditar na Bíblia
e ter suas opiniões particulares. Isso é um direito inegável seu, mas não pode
mentir sobre a Bíblia dizendo que ela diz o que não diz e negando o que ela
afirma explicitamente. Não pode também distorcer seu sentido fazendo
interpretações de conveniência e muito menos falar de ‘sentido original’ se
você não conhece nada de exegese, grego e hebraico (as línguas originais da
Sagradas Escrituras), ou mentindo sobre aquilo que você nem imagina. Por fim,
você pode acreditar no que quiser, mas por uma questão de honestidade
intelectual não pode, arrogantemente, repetir por aí o que outros, que nada
entendem de Teologia Bíblica, dizem, espalhando inverdades. Honestidade sempre
para todos. O sentido bíblico do sábado é descanso e, com ele, o benefício do ser
humano. No entanto, muitos religiosos fariseus da época de Cristo o
transformaram em um peso no ombro das pessoas comuns. Criaram, através de
interpretações e reinterpretações, mil e uma restrições para o sétimo dia.
Jesus vem pôr em ordem essa situação e, fazendo uma Teologia correta, deixa
claro: o sábado existe para beneficiar e não para escravizar o ser humano!
Jesus, rompendo com paradigmas religiosos, chegou a afirmar, para escândalo de
muitos: ‘Meu Pai trabalha até agora (era sábado) e eu trabalho também’ (Jo
5,17). Portanto, qualquer ensinamento religioso que desvalorize o ser humano em
detrimento de regras e liturgias não tem origem no Pai e deve ser
ressignificado, reinterpretado. A fé de Jesus beneficia o ser humano e o
liberta para a caridade. Cuidado: ‘Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, entrará
no Reino dos Céus’ (Mt 7,21). – Amado Jesus, que possamos ser alívio e descanso
para o próximo, criando uma civilização de paz, amor, respeito e alegria. Amém”
(Sandro Bussinger Sampaio – Meditações para o dia a dia [2015]
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite