(1Jo 3,22—4,6; Sl 02; Mt 4,12-17.23-25)
Tempo do Natal, depois da Epifania.
“[Jesus] Deixou
Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia” Mt 4,13.
“O texto do profeta
Isaias é importante para compreender os primórdios da pregação de Jesus, na
Galileia. Por que o Mestre escolheu esta região mal afamada para dar início a
seu ministério, e não Jerusalém, a capital religiosa do país? A Galileia era
tida como terra de pagãos. Daí a expressão: ‘Galileia dos pagãos’, como era
conhecida. Isto se deveu a um fato histórico. Quando os assírios conquistaram o
Reino de Israel, deportaram a população, substituindo-a com povos estrangeiros,
de cinco diversas procedências, todos eles sem nenhuma vinculação com a fé
mosaica. Este episódio levou os judeus a olharem com muito desprezo para os
habitantes desta região, mesmo quando, posteriormente, só havia aí população
judaica. Mas, porque Jesus viera ‘buscar e salvar o que estava perdido’,
escolheu exatamente a Galileia como ambiente privilegiado para sua ação
missionária. O profeta havia anunciado: para o povo que jazia nas trevas,
brilharia uma grande luz. Afinal, a profecia se cumpriu na pessoa de Jesus.
Superando os preconceitos contra os galileus, ele pôs-se a anunciar-lhes a
chegada do Reino, e, com ele, a salvação de Deus. O estigma do passado ficou,
assim, definitivamente superado. Eles foram os primeiros chamados a se
converterem para o Reino de Deus que, em Jesus, se fez presente na história
humana. – Espírito Solidário com os pecadores, faze-me colaborar na
obra da salvação, levando a todos a luz trazida por Jesus” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite