Segunda, 03 de janeiro de 2022

(1Jo 3,22—4,6; Sl 02; Mt 4,12-17.23-25) 

Tempo do Natal, depois da Epifania.

“[Jesus] Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia” Mt 4,13.

“O texto do profeta Isaias é importante para compreender os primórdios da pregação de Jesus, na Galileia. Por que o Mestre escolheu esta região mal afamada para dar início a seu ministério, e não Jerusalém, a capital religiosa do país? A Galileia era tida como terra de pagãos. Daí a expressão: ‘Galileia dos pagãos’, como era conhecida. Isto se deveu a um fato histórico. Quando os assírios conquistaram o Reino de Israel, deportaram a população, substituindo-a com povos estrangeiros, de cinco diversas procedências, todos eles sem nenhuma vinculação com a fé mosaica. Este episódio levou os judeus a olharem com muito desprezo para os habitantes desta região, mesmo quando, posteriormente, só havia aí população judaica. Mas, porque Jesus viera ‘buscar e salvar o que estava perdido’, escolheu exatamente a Galileia como ambiente privilegiado para sua ação missionária. O profeta havia anunciado: para o povo que jazia nas trevas, brilharia uma grande luz. Afinal, a profecia se cumpriu na pessoa de Jesus. Superando os preconceitos contra os galileus, ele pôs-se a anunciar-lhes a chegada do Reino, e, com ele, a salvação de Deus. O estigma do passado ficou, assim, definitivamente superado. Eles foram os primeiros chamados a se converterem para o Reino de Deus que, em Jesus, se fez presente na história humana. – Espírito Solidário com os pecadores, faze-me colaborar na obra da salvação, levando a todos a luz trazida por Jesus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite