(2Tm 1,1-8; Sl 95[96]; Lc 10,1-9)
Santos Timóteo e Tito, bispos e discípulos de Paulo.
“Pois Deus não nos
deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade” 2Tm 1,7.
“Todos os dias faz-se necessário rever
as ondas da moda que penetram nossas opções, podendo nos afastar de nossa opção
fundamental. Existe em nós o dom da graça de Deus que nos foi derramado pelo
Batismo, o Espírito Santo. Tudo o que de Deus recebemos possui duplo objetivo:
é dom e tarefa. Recebemos gratuitamente os dons de Deus e temos por missão
fazer os outros experimentarem esses dons em suas vidas. Por isso, é importante
não ter medo, mas ter a convicção de que as nossas tarefas na comunidade de fé
e na comunidade humana são consequências da consciência que possuímos das
graças recebidas. O nosso compromisso se constrói a partir da resposta à
pergunta de Deus a Caim: Onde está o teu irmão? É claro que não significa fazer
caridade pela caridade, agindo como uma ONG, ao invés de ser motivado pelo
espírito de Deus. É importante ter presente algumas questões: Como oramos?
Nossas orações se reduzem a pedidos pessoais? Como ajudamos nossas comunidades
para que ingressem numa experiência libertadora de Deus? Se tivermos um
comportamento que valorize a humildade, podemos transformar a realidade do
mundo que nos rodeia. Quando o Profeta Miqueias quis definir o que significa
ser uma pessoa cheia do Espírito Santo, disse: ‘Fazer a justiça, amar a piedade
e caminhar com humildade junto a Deus’ (Mq 6,8) (Papa Francisco e Abraham
Skorka). O Espírito de Deus doado a nós permite uma caminhada constante. O Espírito
de Deus nos desinstala, nos remove de uma zona de conforto para uma zona de
confronto. Neste local, somos provocados a não olhar o mundo tentando ficar de
fora, mas participando de suas exigências. – Espírito Divino, faz de nós uma
comunidade onde as pessoas percebam o amor circulando entre nós. Amém!”
(Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite