(1Sm 18,6-9; 19,1-7; Sl 55[56]; Mc 3,7-12)
2ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus se retirou
para beira do mar junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia.
E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do
Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia foi até Jesus, porque tinham ouvido
falar de tudo que ele fazia.” Mc 3,7-8.
“A cena de Jesus
cercado pelas multidões é impressionante. Fez-se necessário ter um barco à mão
para evitar que fosse comprimido pelo povo vindo de muitos lugares. Levada pelo
desejo de ser curada, a multidão precipitava-se sobre ele, na esperança de
tocá-lo. Jesus atraía a todos, por ser fonte de vida para o povo oprimido por
doenças e enfermidades. Sua presença era penhor de cura e libertação. Era
impossível exigir que o povo procurasse Jesus movido por uma ideia correta a
respeito dele. Os espíritos imundos descreveram-no Filho de Deus. E o povo?
Tinha consciência disto? Vinha em busca de Jesus por que era o Filho amado de
Deus, o enviado com a missão de construir o Reino na história humana?
Imaginavam que os milagres de Jesus eram o sinal do Reino acontecendo em suas
vidas? Sem dúvida alguma, o povo queria mesmo era ser curado. Nada mais. A
multidão não estava em condições de fazer grandes reflexões teológicas a
respeito da pessoa de Jesus e de sua identidade. Nem por isso Jesus a repelia e
deixava de atender-lhe as súplicas. Quem sabe chegariam a acreditar nele, embora
o início da caminhada fosse um tanto nebuloso! O importante é que ninguém saía
frustrado do encontro com Jesus, quando o procurava em busca de libertação. Em
cada coração sincero, ele plantava a semente da fé. – Espírito de
busca, coloca-me à procura de Jesus, desejo de ser, profundamente, libertado de
tudo quanto me oprime” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite