(Ne 8,2-6.8-10; Sl 18B[19]; 1Cor 12,12-30; Lc 1,1-4; 4,14-21)
3º Domingo do Tempo Comum – Ano C.
“Então começou a
dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabaste de ouvir’” Lc 4,21.
“O texto do profeta
Isaías, lido na sinagoga de Nazaré, foi usado por Jesus para explicar sua
identidade e missão. O profeta, num contexto bem determinada da história de
Israel, falara do Messias a ser enviado por Deus, com a tarefa de trazer
libertação para a humanidade: libertar as vítimas da pobreza, os encarcerados,
os cegos, os cativos de toda sorte de opressão; enfim, todos os que padeciam
qualquer sorte de escravidão. Ao longo dos séculos, a esperança pela vinda deste
Cristo libertador foi calorosamente acalentada no coração dos oprimidos, sem,
contudo, vê-la realizada. Jesus identificou-se com a pessoa messiânica descrita
pelo profeta. Sentiu-se, pois, chamado a viver o que, outrora, Isaías tinha
anunciado. Sua vida deveria tomar o rumo indicado no texto profético, que
também haveria de ser seu referencial inspirador. Sabia-se chamado a
concretizar o projeto de Messias libertador, conforme o profeta anunciara. Por
isso, colocar-se ia a serviço de todos os deserdados deste mundo, vítimas do
egoísmo, para resgatar-lhes a dignidade e inseri-los no Reino querido pelo Pai.
Ao proclamar que esse texto da Escritura havia sido realizado, Jesus assumia um
compromisso concreto de se tornar servidor dos pobres. – Espírito
missionário, conforma minha vida com a de Jesus, colocando-me a serviço da
libertação dos mais pobres e sofredores” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite