(1Sm 1,1-8; Sl 115[116]; Mc 1,14-20)
1ª Semana do Tempo Comum.
“O tempo já se
completou e o Reino de Deus está próximo. Converte-vos e crede no Evangelho!” Mc 1,15.
“A pregação de Jesus
teve início com um duplo imperativo: conversão e acolhida da Boa Nova. Ambas as
exigências constituem a atitude básica de quem pretende fazer-se discípulo do
Reino. É também a base do discipulado. A conversão toca a raiz da ação humana,
aí onde se situa a liberdade. E consiste em substituir o egoísmo pelo amor,
como objetivo determinante do agir. Esta mudança é obra da graça divina que
atua no coração humano. Por outro lado, corresponde a deixar-se dinamizar pelo
Reino de Deus. Quando se torna senhor do nosso coração, o egoísmo aí não tem
lugar, e o modo humano de agir assemelha-se ao modo divino. O passo seguinte
consiste em dar ouvido à Boa Nova proclamada por Jesus, ordenando agir conforme
os parâmetros indicados por ele. Tanto a conversão quanto a fé na Boa Nova não
consistem somente em gestos exteriores, por mais edificantes que sejam. A
exterioridade pode ser enganosa e encobrir motivações incompatíveis com o
projeto de Jesus. A hipocrisia é risco sempre presente no processo de
conversão. Tocando no mais íntimo do seu ser, o discípulo dispõe-se a torna-se
imitador de Jesus, que viveu radicalmente centrado no Pai. A expressão viva
desta vivência está em ter passado pelo mundo fazendo somente o bem. É no
exemplo de Jesus que o discípulo se inspira, quando se converte ao Evangelho
– Espírito que converte os corações ao reino, cria em mim a disposição
de discípulo que quer centrar sua vida no amor” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).