Segunda, 10 de janeiro de 2022

(1Sm 1,1-8; Sl 115[116]; Mc 1,14-20) 

1ª Semana do Tempo Comum.

“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Converte-vos e crede no Evangelho!” Mc 1,15.

“A pregação de Jesus teve início com um duplo imperativo: conversão e acolhida da Boa Nova. Ambas as exigências constituem a atitude básica de quem pretende fazer-se discípulo do Reino. É também a base do discipulado. A conversão toca a raiz da ação humana, aí onde se situa a liberdade. E consiste em substituir o egoísmo pelo amor, como objetivo determinante do agir. Esta mudança é obra da graça divina que atua no coração humano. Por outro lado, corresponde a deixar-se dinamizar pelo Reino de Deus. Quando se torna senhor do nosso coração, o egoísmo aí não tem lugar, e o modo humano de agir assemelha-se ao modo divino. O passo seguinte consiste em dar ouvido à Boa Nova proclamada por Jesus, ordenando agir conforme os parâmetros indicados por ele. Tanto a conversão quanto a fé na Boa Nova não consistem somente em gestos exteriores, por mais edificantes que sejam. A exterioridade pode ser enganosa e encobrir motivações incompatíveis com o projeto de Jesus. A hipocrisia é risco sempre presente no processo de conversão. Tocando no mais íntimo do seu ser, o discípulo dispõe-se a torna-se imitador de Jesus, que viveu radicalmente centrado no Pai. A expressão viva desta vivência está em ter passado pelo mundo fazendo somente o bem. É no exemplo de Jesus que o discípulo se inspira, quando se converte ao Evangelho – Espírito que converte os corações ao reino, cria em mim a disposição de discípulo que quer centrar sua vida no amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite