(1Jo 1,5—2,2; Sl 123[124]; Mt 2,13-18)
Santos Inocentes, mártires.
“Se reconhecemos
nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo,
para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda culpa” 1Jo 1,9.
“A primeira Carta de
João preocupa-se em anunciar ‘a Palavra da vida’, ‘vida eterna que estava com o
Pai e se manifestou’, isto é, Jesus Cristo. João anuncia esta vida que se
manifestou em Cristo, para que os cristãos possam viver em comunhão fraterna na
comunidade. O modelo a seguir é comunhão do Pai com seu Filho Jesus, vivendo
este modelo, os cristãos transmitem uma mensagem de comunhão entre eles e deles
com o Pai e seu Filho Jesus Cristo. Para expressar este mistério, João se vale
da antítese luz e trevas. Enquanto Deus é luz, verdade e amor, o ser humano
pecador está envolto nas trevas da mentira e do ódio. Para estar em comunhão
com Deus é necessário caminhar iluminado por esta luz. É para isso que a
‘Palavra da vida’ veio a este mundo como Luz. Veio para iluminar todas as
pessoas e, assim iluminadas, elas pudessem se tornar filhos de Deus e viver em
comunhão com Ele (cf. Jo 1,9-10). João coloca três condições para sabermos se
estamos em comunhão com Deus (1Jo 1,6-10): não andar nas trevas, mas praticar a
verdade, vivendo a fé de acordo com as palavras de Cristo: viver em comunhão
uns com os outros e ser purificados do pecado pelo sangue de seu Filho.
Reconhecendo-nos pecadores, somos iluminados pela luz da sua graça. Então,
mesmo ‘se alguém pecar, temos um intercessor junto do Pai, Jesus Cristo, o
justo’ (2,1). – Ó Deus de infinita bondade, enviaste teu Filho a este
mundo como luz para iluminar todas as pessoas. Concede-nos que, purificados
pelo amor de teu Filho, possamos praticar a verdade, seguir os seus mandamentos
e viver em comunhão fraterna com nossos irmãos. Amém” (Ludovico
Garmus – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite