Segunda, 6 de dezembro de 2021

(Is 35,1-10; Sl 84[85]; Lc 5,17-26) 

2ª Semana do Advento.

“Vendo-lhes a fé, ele disse: ‘Homem, teus pecados estão perdoados’” Lc 5,20.

“Quando Jesus se defrontou com o paralítico, colocado à sua frente com muita dificuldade, imediatamente proclamou: ‘Teus pecados te são perdoados’. Mas três vezes o texto fala em ‘perdoar os pecados’. Por que Jesus apressou-se em perdoar os pecados, sem ter sido solicitado, quando o interesse do paralítico e dos seus benfeitores era bem outro? A cura física é secundária, se comparada à cura do coração. Quando o íntimo da pessoa é carregado de maldade e egoísmo, o bem-estar físico perde sua transcendência. Se a pessoa serve-se do corpo para fazer o mal, tanto faz ser saudável ou doente. Só tem sentido a saúde física, quando a pessoa coloca seu corpo a serviço do bem do próximo. Quando isto acontece, aí sim, a saúde tem valor. Por isso, o primeiro gesto de Jesus constitui em curar o interior daquele homem para, em seguida, curar o exterior. Detentor de ambos os poderes, de curar e de perdoar os pecados, Jesus não se deixa intimidar por quem o acusa de blasfêmia, e nutre sentimentos de ódio contra ele. Pelo contrário, enfrenta-os, porque sua missão fora recebida do Pai. Os próprios fariseus descobriram algo de divino na ação de Jesus, mas se recusavam a reconhece-lo como tal. Mesmo assim, ele continuou a fazer ações divinas, manifestando, deste modo, seu amor pela humanidade. – Espírito que cura interiormente, toca o mais íntimo do meu ser, para que eu consiga superar o meu egoísmo, e seja capaz de levar os benefícios de Deus a quem precisa de mim (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite