(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17)
3ª Semana do Advento.
“Livro da origem de
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” Mt 1,1.
“A genealogia visa
mostrar a centralidade de Jesus na história do povo de Israel. Tudo converge
para ele e nele tudo tem origem. Chamara Jesus de ‘filho de Davi e filho de
Abraão’ corresponde a situá-lo nos primórdios da História. Enquanto filho de
Davi, seria a realização das antigas promessas feitas ao grande rei, fundador
da dinastia de Judá, que recebera a promessa divina de perpetuidade. Seria,
também, sinal da fidelidade de Deus, que jamais esquece uma palavra dada. Nele
o povo de Israel teria seu definitivo líder. O título filho de Abraão faz dele
mediador das bênçãos divinas, segundo a promessa feita, outrora, ao grande
patriarca. Javé havia empenhado sua palavra, por ocasião da vocação de Abraão:
‘Em teu nome, serão abençoadas todas as famílias da Terra’. Jesus, qual novo
Isaac, apontava para a realização das promessas divinas, embora, à primeira
vista, pudessem parecer irrealizáveis. Nele a humanidade reencontrava o caminho
das bênçãos, após ter vagado pelo caminho do pecado, e, por conseguinte, também
do castigo. Portanto, Jesus une em si duas linhas de tradição teológica do
povo: a davídica e a abraâmica. Em cada uma delas. Frisa-se um aspecto de sua
atuação. Enfim, as esperanças foram realizadas! As promessas divinas
encontraram seu ponto mais alto de realização. – Espírito que paira
sobre o Messias, desperta minha inteligência para que compreenda a centralidade
de Jesus, ponto de convergência de toda a história humana” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite