Sexta, 17 de dezembro de 2021

(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17) 

3ª Semana do Advento.

“Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” Mt 1,1.

“A genealogia visa mostrar a centralidade de Jesus na história do povo de Israel. Tudo converge para ele e nele tudo tem origem. Chamara Jesus de ‘filho de Davi e filho de Abraão’ corresponde a situá-lo nos primórdios da História. Enquanto filho de Davi, seria a realização das antigas promessas feitas ao grande rei, fundador da dinastia de Judá, que recebera a promessa divina de perpetuidade. Seria, também, sinal da fidelidade de Deus, que jamais esquece uma palavra dada. Nele o povo de Israel teria seu definitivo líder. O título filho de Abraão faz dele mediador das bênçãos divinas, segundo a promessa feita, outrora, ao grande patriarca. Javé havia empenhado sua palavra, por ocasião da vocação de Abraão: ‘Em teu nome, serão abençoadas todas as famílias da Terra’. Jesus, qual novo Isaac, apontava para a realização das promessas divinas, embora, à primeira vista, pudessem parecer irrealizáveis. Nele a humanidade reencontrava o caminho das bênçãos, após ter vagado pelo caminho do pecado, e, por conseguinte, também do castigo. Portanto, Jesus une em si duas linhas de tradição teológica do povo: a davídica e a abraâmica. Em cada uma delas. Frisa-se um aspecto de sua atuação. Enfim, as esperanças foram realizadas! As promessas divinas encontraram seu ponto mais alto de realização. – Espírito que paira sobre o Messias, desperta minha inteligência para que compreenda a centralidade de Jesus, ponto de convergência de toda a história humana (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite