(Is 45,6-8.18.21-25; Sl 84[85]; Lc 7,19-23)
3ª Semana do Advento.
“E mandou-os
perguntar ao Senhor: ‘És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” Lc 7,19.
“A ação messiânica de
Jesus deixava João Batista decepcionado. O precursor esperava um Messias com
pulso forte, que fizesse a limpeza em regra no povo de Israel, ou seja, punisse
os pecadores, pusesse fim à já longa opressão, libertasse os cativos de toda
sorte de prisões, enfim, criasse uma sociedade ideal, plenamente de acordo com
o projeto de Deus. Jesus, porém, pautava sua ação por outros parâmetros. Sua
atenção concentrava-se nos fracos, nos doentes, nos excluídos, nos pobres,
servindo-os, de maneira incansável. Por sua ação, os cegos passavam a ver, os
coxos, a andar, os surdos, a ouvir, os leprosos eram limpos, os mortos
ressuscitavam e os pobres eram evangelizados. Esta era a sociedade que brotava
do ministério de Jesus. Longe de ser um juiz inclemente, sua ação primava pela
misericórdia. Longe de irar-se, mostrava-se benevolente e solícito com os
fracos e pequeninos. Longe de anunciar castigos implacáveis, espalhava sinais
de amor divino por onde passava. A resposta de Jesus aos emissários de João
comportava um apelo para que abrissem mão de seus preconceitos acerca do
Messias e se mostrassem sensíveis à verdadeira maneira de agir de Deus na
história humana. Afinal, Deus está mais interessado em salvar do que em castigar.
– Espírito que faz o amor derramar-se sobre a humanidade, ajuda-me a
perceber que Jesus é o sinal mais convincente da misericórdia divina para com a
humanidade” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
C] - Paulinas).