(Is 48,17-19; Sl 01; Mt 11,16-19)
2ª Semana do Advento.
“Mas a sabedoria foi
reconhecida com base em suas obras” Mt 11,19c.
“A censura que Jesus
faz às multidões toca um ponto importante: a constância no seguimento, feito de
desprendimento e abertura de coração. No início, o ministério de Jesus deixava
as pessoas empolgadas. Seus milagres, seus ensinamentos, seu jeito de
relacionar-se com as pessoas era algo novo na sociedade da época. Daí o
entusiasmo com que se aproximava dele quem, de algum modo, era objeto de sua
ação misericordiosa. E isto parecia predispor a pessoa para um discipulado
sincero. Todavia, na medida em que Jesus lhes apresentava as exigências do
Reino, as multidões mostravam-se reticentes e até perdiam o entusiasmo inicial.
E o mestre tornava-se alvo de críticas malévolas, que colocavam em xeque a sua
pessoa. Por outro lado, o modo não-convencional como ele se comportava era
outro ponto de contradição. Talvez esperasse atitudes semelhantes às dos
rabinos da época. E ficavam frustrados! Então, muita gente passou a ter uma
imagem negativa de Jesus. Seu modo fraterno de estar com as pessoas e conviver
com elas levava a confundi-lo com os comilões e beberrões, e os exploradores da
boa-fé dos simples. Sua liberdade diante dos preconceitos e, consequentemente,
a liberdade com que se aproximava dos pecadores e das pessoas de má fama,
acabaram por suscitar suspeita a respeito de sua integridade moral. Jesus,
porém, superou tudo isso, sabendo que a sabedoria divina justificava seu modo
de agir. – Espírito de perseverança e constância, move-me a ser fiel a
Jesus, sabendo acolher as exigências de seu seguimento, e compreender seu jeito
divino de ser” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite