Sexta, 10 de dezembro de 2021

(Is 48,17-19; Sl 01; Mt 11,16-19) 

2ª Semana do Advento.

“Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras” Mt 11,19c.

“A censura que Jesus faz às multidões toca um ponto importante: a constância no seguimento, feito de desprendimento e abertura de coração. No início, o ministério de Jesus deixava as pessoas empolgadas. Seus milagres, seus ensinamentos, seu jeito de relacionar-se com as pessoas era algo novo na sociedade da época. Daí o entusiasmo com que se aproximava dele quem, de algum modo, era objeto de sua ação misericordiosa. E isto parecia predispor a pessoa para um discipulado sincero. Todavia, na medida em que Jesus lhes apresentava as exigências do Reino, as multidões mostravam-se reticentes e até perdiam o entusiasmo inicial. E o mestre tornava-se alvo de críticas malévolas, que colocavam em xeque a sua pessoa. Por outro lado, o modo não-convencional como ele se comportava era outro ponto de contradição. Talvez esperasse atitudes semelhantes às dos rabinos da época. E ficavam frustrados! Então, muita gente passou a ter uma imagem negativa de Jesus. Seu modo fraterno de estar com as pessoas e conviver com elas levava a confundi-lo com os comilões e beberrões, e os exploradores da boa-fé dos simples. Sua liberdade diante dos preconceitos e, consequentemente, a liberdade com que se aproximava dos pecadores e das pessoas de má fama, acabaram por suscitar suspeita a respeito de sua integridade moral. Jesus, porém, superou tudo isso, sabendo que a sabedoria divina justificava seu modo de agir. – Espírito de perseverança e constância, move-me a ser fiel a Jesus, sabendo acolher as exigências de seu seguimento, e compreender seu jeito divino de ser (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite