Sexta, 31 de dezembro de 2021

(1Jo 2,18-21; Sl 95[96]; Jo 1,1-18) 

Oitava de Natal.     

“E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória,

glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade” Jo 1,14.

“O prólogo do Evangelho joanino projeta a trajetória do Messias Jesus, para além dos limites da História. Explicita o que havia no princípio, para chegar à experiência da comunidade, que viu a glória do Filho único de Deus. Em que consiste esta glória? A glória de Jesus provém de sua condição divina. Ele é, desde sempre, a Palavra de Deus, existindo junto de Deus, de cuja divindade participava. Toda a criação encontra nele seu referencial, por ter vindo à existência por obra do Pai, segundo a imagem do Filho. Dele brota a luz e a vida, de forma que toda a humanidade depende dele. Embora revestido de tamanha magnificência, assumiu a condição humana, inserindo-se na História para a salvação da humanidade. Encarnando-se, viveu sua opção até as últimas consequências. Foi rejeitado por aqueles a quem viera servir. Passou como desconhecido, no meio de quem tinha sido ‘feito por ele’. Os seus preferiram continuar a caminhar nas trevas, ainda que lhes tenha sido oferecida a possibilidade de caminhar na luz. A força do egoísmo pareceu suplantar a oferta do amor. Entretanto, quem soube reconhecer a condição divina do Messias, recebeu a graça de se tornar filho de Deus. O caminho da fé no Verbo encarnado é obra de Deus no coração das pessoas; não depende da vontade humana. O Pai é quem nos move a reconhecer, no mistério da Encarnação, a presença da divindade em nossas vidas. – Espírito de amor à humanidade, concede à minha a mesma dinâmica da vida de Jesus, que se encarnou para fazer a salvação chegar a cada ser humano (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite