(1Jo 2,18-21; Sl 95[96]; Jo 1,1-18)
Oitava de Natal.
“E a Palavra se fez
carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória,
glória que recebe do
Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade” Jo 1,14.
“O prólogo do
Evangelho joanino projeta a trajetória do Messias Jesus, para além dos limites
da História. Explicita o que havia no princípio, para chegar à experiência da
comunidade, que viu a glória do Filho único de Deus. Em que consiste esta
glória? A glória de Jesus provém de sua condição divina. Ele é, desde sempre, a
Palavra de Deus, existindo junto de Deus, de cuja divindade participava. Toda a
criação encontra nele seu referencial, por ter vindo à existência por obra do
Pai, segundo a imagem do Filho. Dele brota a luz e a vida, de forma que toda a
humanidade depende dele. Embora revestido de tamanha magnificência, assumiu a
condição humana, inserindo-se na História para a salvação da humanidade.
Encarnando-se, viveu sua opção até as últimas consequências. Foi rejeitado por
aqueles a quem viera servir. Passou como desconhecido, no meio de quem tinha
sido ‘feito por ele’. Os seus preferiram continuar a caminhar nas trevas, ainda
que lhes tenha sido oferecida a possibilidade de caminhar na luz. A força do
egoísmo pareceu suplantar a oferta do amor. Entretanto, quem soube reconhecer a
condição divina do Messias, recebeu a graça de se tornar filho de Deus. O
caminho da fé no Verbo encarnado é obra de Deus no coração das pessoas; não
depende da vontade humana. O Pai é quem nos move a reconhecer, no mistério da
Encarnação, a presença da divindade em nossas vidas. – Espírito de amor
à humanidade, concede à minha a mesma dinâmica da vida de Jesus, que se
encarnou para fazer a salvação chegar a cada ser humano” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).