Quinta, 30 de dezembro de 2021

(1Jo 2,12-17; Sl 95[96]; Lc 2,36-40) 

Oitava de Natal.

“Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido” Lc 2,36.

“A opção da profetisa Ana, cujo nome significa graça, misericórdia, é símbolo da expectativa pela vinda do Senhor. Sua escolha de permanecer no Templo, após um breve período de matrimônio, deu-se por causa de sua esperança messiânica. Com jejuns e orações, pôs-se a serviço de Deus, absolutamente certa de ver realizado seu único desejo: contemplar o Messias. Ela sabia em quem tinha posto a sua confiança. Esta foi também a atitude de muitos outros judeus piedosos, que nutriam no coração o desejo de ver o Salvador. A fidelidade dessa mulher idosa foi recompensada, pois ela teve a graça de estar no Templo, por ocasião da liturgia da apresentação do menino Jesus e da purificação de Maria. Como Simeão, reconheceu ser aquele menino penhor de libertação para Israel, conforme todos esperavam. E proclamou publicamente esta sua convicção, tornando-se testemunha da missão que seria confiada àquele menino. Profeticamente, colocou-se a serviço do Messias e de todos quantos ansiavam por redenção. De certo modo, antecipou, também, a futura missão dos apóstolos: proclamar o nome de Jesus por toda a Terra. No âmbito restrito do Templo, anunciou ter-se realizado a promessa divina, e que a salvação havia chegado. Como Simeão, também ela pode dizer: ‘Agora, Senhor, podes deixar tua serva ir em paz!’ O testemunho de Ana é uma lição de como esperar o Messias: com paciência e perseverança. – Espírito de paciente perseverança, não permitas que meu coração desfaleça, à espera do Messias, confiante de que o Senhor realiza sempre suas promessas (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite