(Is 30,19-21.23-26; Sl 146[147A]; Mt 9,35—10,1.6-8)
1ª Semana do Advento.
“E, chamando os seus
doze discípulos, deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus
e para curarem todo tipo
de doença e enfermidade” Mt 10,1.
“Jesus manifesta
autoridade quando interpreta a Lei (Mt 5—7), cura enfermidades, domina a
tempestade e expulsa demônios. Mas sua autoridade é contestada pelos escribas e
fariseus, quando perdoa os pecados, come com os pecadores e na discussão sobre
o jejum (Mt 8—9). Concluindo essa parte, segue-se uma pequena síntese de sua
atividade de ensino e de curas (Mt 9,35-38). Jesus aparece como uma pessoa que
vai ao encontro do povo necessitado, ‘vê’, suas carências e sofrimentos: ‘Vendo
o povo, sentiu compaixão porque estava cansado e abatido como ovelhas sem
pastor’. Jesus ‘vê’ o sofrimento do povo se acentuar pela falta de pastores.
Depois de externar sua preocupação pela carência de pastores com os discípulos,
diz: ‘Pedi ao dono da colheita que mande trabalhadores para sua colheita’.
Antes, porém, que os discípulos comecem a pedir trabalhadores para a messe, o
próprio Jesus toma a iniciativa e convoca os doze dentre eles, para lhes
conferir o poder de fazer o que Ele mesmo fazia: expulsar espíritos impuros e
curar enfermidades e doenças. Mas Jesus não só curava enfermidades e doenças:
pregava também o Evangelho do Reino (9,35). Por isso, deviam proclamar que o
Reino dos Céus estava próximo (10,7). Jesus escolhe doze discípulos para
enviá-los em missão. Por isso são chamados apóstolos. A missão não inclui,
propriamente, fundar comunidades ou regê-las, assuntos tratados depois, em Mt
18. Agora, antes de tudo, eles deviam anunciar o Evangelho do Reino. E as
características destes Reino são a compaixão com o povo sofrido, o cuidado com
os enfermos e a expulsão dos demônios, isto é, de tudo que se opõe ao Reino de
Deus. – Senhor Jesus Cristo, compadecido do povo sofrido e abandonado
pelas autoridades civis e religiosas de seu tempo, escolhestes apóstolos e os
enviastes em missão. Fazei que, seguindo o teu exemplo, estejamos sempre
próximos das pessoas que sofrem e nos disponhamos a servi-las. Amém” (Ludovico
Garmus – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite