Quinta, 23 de dezembro de 2021

(Ml 3,1-4.23-24; Sl 24[25]; Lc 1,57-66) 

4ª Semana do Advento.

“E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: ‘O que virá a ser este menino?’

De fato, a mão do Senhor estava com ele” Lc 1,66.

“A história de João Batista corresponde a uma grande demonstração de misericórdia por parte de Deus, seja em relação a seus pais, seja uma relação à humanidade. Em relação a Zacarias e Isabel, João Batista representou o fim de uma situação humilhante, para um casal temente a Deus e avançado em idade, porém, sem filhos. Sua presença significava, no imaginário popular, a suspensão da maldição que recaia sobre eles. Daí ter sido motivo de regozijo para eles, seus vizinhos e parentes. Em relação à humanidade, porque João Batista haveria de preparar o caminho para a vinda do Messias, há tanto tempo esperado. Quiçá seus contemporâneos nem tivessem suficiente consciência deste aspecto de sua verdade. Em todo o caso, começavam a dar-se conta de que nele havia algo de grandioso. Até a experiência de mudez de seu pai com a posterior recuperação da fala apontavam para isto. Era inexplicável que houvesse perdido a voz, quando servia no templo, e a tivesse recobrado ao escrever numa tabuinha o nome a ser dado ao filho, João, que significa ‘Deus é propício’, quando todos insistiam em chama-lo de Zacarias, como o pai. O temor que se apossou da gente da vizinhança é próprio de quem tem consciência de encontrar-se diante de uma evidente manifestação de Deus. A constatação de que ‘a mão do Senhor estava com o menino’ revela a expectativa criada em torno dessa criança. Algo de grandioso lhe estava reservado. – Espírito de providência, leva-me a compreender que minha vida está nas mãos do Pai, e que, apesar da minha fraqueza, ele conta comigo para realizar grandes coisas (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite