Terça, 21 de dezembro de 2021

(Ct 2,8-14; Sl 32[33]; Lc 1,39-45) 

4ª Semana do Advento.

“Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre,

e Isabel ficou cheia do Espírito Santo” Lc 1,41.

“O encontro de Maria com Isabel evoca a experiência de Deus que elas fizeram. Experiências coincidentes e divergentes, em muitos pontos. Ambas conceberam num contexto de teofania – manifestação de Deus – Ele se comunicou por meio de seu anjo. Tanto Isabel quanto Maria apresentaram dificuldades para uma possível concepção. A primeira era anciã e estéril; há tempo perdera a esperança de conceber. Para a segunda, a dificuldade consistia em não conhecer varão. Distinguiam-se num ponto: enquanto Isabel queria ser mãe, para superar a vergonha de ser estéril, Maria parecia dar pouca importância a isto. O filho de Isabel recebera a missão de preparar um povo para Deus; o filho de Maria seria a presença de Deus, na história humana, trilhando os caminhos preparados pelo Batista. Entretanto, Maria possuía algo de especial. Por isso Isabel ficou cheia do Espírito Santo, assim que ouviu a saudação de sua parenta. Maria era repleta do Espírito, ‘cheia de graça’. O filho que trazia no ventre era superior, àquele de Isabel, porque era o próprio Filho de Deus, causa de alegria para o Batista, ainda no ventre materno. A própria Isabel sublinha a particularidade de Maria, ao proclama-la ‘Bendita entre as mulheres’ e ‘Bendito aquele que trazia no ventre’. Duas mães, dois exemplos de como Deus age no coração humano. – Espírito de disponibilidade para Deus, faze-me, como Maria e Isabel, disponível para deixar a graça divina agir no meu coração, plenificando-o com o seu amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite