(Ct 2,8-14; Sl 32[33]; Lc 1,39-45)
4ª Semana do Advento.
“Quando Isabel ouviu
a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre,
e Isabel ficou cheia
do Espírito Santo” Lc 1,41.
“O encontro de Maria
com Isabel evoca a experiência de Deus que elas fizeram. Experiências
coincidentes e divergentes, em muitos pontos. Ambas conceberam num contexto de
teofania – manifestação de Deus – Ele se comunicou por meio de seu anjo. Tanto
Isabel quanto Maria apresentaram dificuldades para uma possível concepção. A
primeira era anciã e estéril; há tempo perdera a esperança de conceber. Para a
segunda, a dificuldade consistia em não conhecer varão. Distinguiam-se num
ponto: enquanto Isabel queria ser mãe, para superar a vergonha de ser estéril,
Maria parecia dar pouca importância a isto. O filho de Isabel recebera a missão
de preparar um povo para Deus; o filho de Maria seria a presença de Deus, na
história humana, trilhando os caminhos preparados pelo Batista. Entretanto,
Maria possuía algo de especial. Por isso Isabel ficou cheia do Espírito Santo,
assim que ouviu a saudação de sua parenta. Maria era repleta do Espírito,
‘cheia de graça’. O filho que trazia no ventre era superior, àquele de Isabel,
porque era o próprio Filho de Deus, causa de alegria para o Batista, ainda no
ventre materno. A própria Isabel sublinha a particularidade de Maria, ao
proclama-la ‘Bendita entre as mulheres’ e ‘Bendito aquele que trazia no
ventre’. Duas mães, dois exemplos de como Deus age no coração humano. – Espírito
de disponibilidade para Deus, faze-me, como Maria e Isabel, disponível para
deixar a graça divina agir no meu coração, plenificando-o com o seu amor” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite