(Br 1,15-22; Sl 78[79]; Lc 10,13-16)
26ª Semana do Tempo Comum.
“Ai de ti, Corozaim!
Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os
milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito
penitência,
vestindo-se de
cilício e sentando-se sobre cinzas” Lc 9,13.
“A pregação de Jesus
nem sempre era bem acolhida, nem suas palavras sempre surtiam efeito na vida
das pessoas. Muitas vezes, ele era ouvido com suspeita, desprezo, quando não,
com aberta rejeição. Essas reações não lhe passavam despercebidas. Ele as
acompanhava com atenção, pois não podia ficar impassível diante de pessoas que
menosprezavam a oferta da salvação que o Pai lhes fazia, preferindo, assim o
caminho da condenação. A rejeição de Jesus e de sua mensagem provinha, em
alguns casos, de toda a população de uma cidade. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum
tornaram-se símbolos desta realidade. Seus habitantes, em conjunto, fecharam os
ouvidos à pregação do Mestre. As palavras fortes, que Jesus lhes dirigiu,
revelam a gravidade do fato. Elas não souberam reconhecer nele a presença
misericordiosa de Deus, que os convidava à conversão. Seu pecado chegou a tal
ponto que se tornaram insensíveis aos apelos divinos, nem reconheceram a
necessidade de fazer penitência. Jesus lançou um olhar para o futuro e anteviu
a sorte que estava reservada para esta gente, quando se defrontassem com o Pai,
no dia do juízo. Seu linguajar chocante, entretanto, tinha como finalidade
chamar, uma vez mais, esses pecadores à conversão. Não lhes interessava que
fossem condenados, mas que se convertessem e tivessem a vida. – Senhor
Jesus, livra-me da dureza de coração que me impede de converter-me sinceramente
diante de tua Palavra de salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite