Sexta, 21 de fevereiro de 2020


(Tg 2,14-24.26; Sl 111[112]; Mc 8,34—9,1) 
6ª Semana do Tempo Comum.

“Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida?
E o que poderia o homem dar em troca da própria vida?” Mc 8,36-37.

“Se Jesus é o Servo Justo, que carrega nossas dores e nossos sofrimentos sobre si para nossa justificação, quem o assume como Senhor da sua vida, assume com Ele a cruz, ou seja, a humilhação, o sofrimento, a injustiça e toda forma de aflição. Quem quiser seguir Jesus precisa ter a coragem de renunciar a própria vida, pois aquele que se sacrifica por causa de Jesus alcançará a vida eterna da alma. Por isso, absolutamente não adianta possuir todas as riquezas, todos os títulos e honrarias neste mundo se nada disso fará com que a pessoa humana possa reverter sua situação após sua morte. Não é possível comprar a salvação da alma. Uma vez perdida a vida eterna, não se tem nem poder nem meios para redimi-la. Não se pode dar nada em troca da vida eterna. Aquele que assume essa incumbência precisa ter comprometimento, pois as exigências podem custar a própria vida terrena. Os tantos mártires, ao longo dos séculos, dão-nos testemunho dessa adesão total ao projeto divino. Seguir Jesus não é um caminho fácil, mas os que o fazem têm a certeza da grandiosidade que estão abraçando. É imprescindível que essa trajetória, uma vez conhecida sua aridez, não seja percorrida com lamúrias, queixumes ou pranto, mas com alegria e amor. Todo o universo vai conspirar para que esse projeto não se concretize, porém, Jesus é a certeza de que estamos no caminho certo. Sigamos em frente! Quantas vezes nos deixamos abater porque não vemos de imediato o resultado de todo o nosso empenhado sacrifício. Também Jesus não viu prontamente uma resposta e, ainda assim, seguiu, confiante na Palavra do Pai. É a hora de recobrar o ânimo e ser instrumento na mão do oleiro. – Senhor, não diminua o peso da minha cruz, mas me dê forças para carrega-la com dignidade, alegria e empenho. Que o medo não me paralise e que a esperança em ti seja minha fortaleza. Amém!”  (Patrícia de Moraes Mendes de Sousa – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite