(Ex 33,7-11; 34,5-9.28; Sl 102[103]; Mt 13,36-43)
17ª Semana do Tempo
Comum.
“Enquanto os justos
brilharão como o sol no reino de seu Pai” Mt 13,43a.
“Toda criatura guarda
dentro de si os traços do Criador. O Criador deixa suas marcas em suas obras.
Mesmo distanciando-se dos traços do Criador pela marca do pecado, guarda dentro
de si a saudade da volta às origens e ao seu destino. Ingrato e infiel é o
criador que destrói sua própria obra. É destruir-se a si mesmo. Em toda a
criação está presente a vida do Criador. Destruir é destruir-se. É
desprezar-se. Este universo tem a vocação para a transformação, para a
glorificação. Tudo será transformado em perfeita harmonia. Essa é vocação do
universo e de todas as criaturas. O Povo de Deus, consciência deste universo,
obra prima do Criador, muito mais que as criaturas inconscientes, está destinado
a ser povo glorificado. Um povo imaculado, sem manchas, sem lágrimas e sem
morte. Cada criatura humana saiu como gesto de amor das mãos de Deus. É sua
obra perfeita. Todas essas obras perfeitas, que o pecado desgraçou em parte,
guarda dentro de si a nostalgia da perfeição, o desejo imenso de ser sua
própria origem. Ser como seu Criador. A história do Povo de Deus é uma história
de graça e de pecado. Uma história de vida e de morte. Uma história de sucesso
e de fracassos. Porém, no meio de toda essa contradição vive a esperança e a
fé. Vive a certeza da vitória. O povo de Deus está destinado a ser um povo
vitorioso, porque seu Deus é vitória. É o Deus da glorificação. – Ó
Deus da vida. E da glorificação, pela vossa ressurreição e glorificação, destes
a certeza de nossa ressurreição e glorificação. Alimentai nossa fé e nossa
esperança até o sucesso total de nossa vida. Amém” (Wilson João
Sperandio – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite