Segunda, 01 de julho de 2019


(Gn 18,16-33; Sl 102[103]; Mt 8,18-22) 
13ª Semana do Tempo Comum.

“Abraão disse: ‘Que o meu Senhor não se irrite se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?’
Ele respondeu: ‘Por causa dos dez não a destruiria’” Gn 18,32.

“O desígnio de Deus é um desígnio de amor e de fidelidade, que pode conhecer também o desprezo e a rejeição. Sodoma e Gomorra são as cidades emblemáticas da perversão que deforma o plano divino, distorcendo-o em vista dos seus fins egoístas. Como no caso dos construtores de Babel, também aqui o Senhor ‘desce’ para ver o mal cometido (v. 21), tão pequeno é o que o homem pode cometer em confronto com a Sua grandeza; e, no entanto, o clamor dos inocentes violados é tão forte que chega até Ele, que é o defensor dos fracos e dos pobres (v. 20). Mas entre Deus e o pecado intromete-se a oração de intercessão: Abraão tem a coragem de ‘forçar’ a vontade divina à clemência, mesmo que não seja Deus a ‘mudar’ a sua vontade, mas o orante a compreender gradualmente como no Senhor reina a misericórdia. Na perspectiva do hagiógrafo, dez justos salvariam Sodoma: Jr 5,1 dirá que bastaria um só para salvar Jerusalém; para Is 53,11 esse justo virá e ‘justificará a muitos’, e será o servo sofredor. Nós sabemos o seu nome: Jesus de Nazaré”  (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite