Sábado, 13 de julho de 2019


(Gn 49,29-32; 50,15-26; Sl 104[105]; Mt 10,24-33) 
14ª Semana do Tempo Comum.

“Não tenhais medos deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado e nada há de escondido que não seja conhecido” Mt 10,26.

“Os cristãos não devem ter medo dos homens. ‘Nada há de encoberto que não venha a ser descoberto, nada de secreto que não venha a ser conhecido’ (10,26). Está aí o motivo da falta de medo: ter conhecimento do que há de secreto dentro de nós. Se não tivermos medo dos pensamentos secretos e das paixões dentro de nosso coração, os homens tampouco conseguirão amedrontar-nos quando procurarem descobrir os segredos do nosso coração. Se mostrar a Deus o que há de encoberto em nós, cheio de confiança de que a sua luz desvelará o encoberto e iluminará o que há de escuro, conseguiremos viver sem medo. Deus, que conhece todos os abismos de nossa alma, é a verdadeira libertação do medo humano. Mateus indica ainda um outro caminho para nos livrarmos do medo que está arraigado em nós: ‘Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma’ (10,28). Os homens só nos podem ferir externamente. Eles podem bater em nosso corpo, podem machucar-nos emocionalmente. Mas não poderão agredir a nossa alma, o espaço interior do nosso coração. Há em nós algo que se furta ao poder humano. Lá, em nossa alma, mora Deus. E, onde mora Deus, ninguém poderá machucar-nos. A fé no Deus que protege a nossa alma e mora nela liberta-nos do medo de ferimentos, humilhações, degradação e morte. Sim, nem mesmo a morte poderá destruir o cerne mais íntimo de nossa pessoa, porque este está nas mãos de Deus” (Anselm Grun – Jesus: mestre da salvação – Loyola). 

Pe. João Bosco Vieira Leite