(1Jo 4,7-16; Sl 33[34]; Jo 11,19-27)
Santa Marta, discípula de Jesus.
“Muitos judeus tinham
vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão” Jo 11,19.
“A ressurreição de
Lázaro é o sétimo e último sinal realizado por Jesus. Por meio dele mostra que
é o Senhor da vida. Essa história deixa claro que o cristão já é um
ressuscitado que passou da morte para a vida. Onde Jesus age, a morte não tem
poder sobre nós. Antes da paixão de Cristo, João descreve no episódio da
ressurreição de Lázaro o objetivo da missão de Jesus: Jesus nos conduz da morte
à vida. Ele é o vencedor sobre a morte. Em Jesus, a morte perdeu o seu poder
sobre nós. Na ressurreição de Lázaro brilha a glória de Deus superando a
escuridão da morte. Lázaro é chamado de amigo de Jesus. E Marta e Maria são
amigas de Jesus. Nos três encontramos formas diversas de fé e de relacionamento
com Jesus, formas estas que se aplicam também aos cristãos de hoje. Marta ouve
falar da chegada de Jesus e corre logo ao seu encontro. Na conversa com Jesus,
ela professa a sua fé na Ressurreição no último dia. Mas Jesus a corrige: ‘Eu
sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá; e
todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais’ (11,25-26). No texto
grego encontramos um ‘eis eme’. Ao pé da letra está escrito e seguinte: ‘Quem
crê em mim, quem entra em mim e vive em mim’. Para aquele que vive ‘na
realidade indizível de Cristo, a morte não existe’ (SANFORD, 1977, p. 76, v.
2). Naturalmente, o seu corpo físico morrerá. Mas a vida experimentada em Jesus
não poderá perecer. Para João, a Ressurreição não vem só depois da morte. Ela
já é um modo totalmente novo de existir aqui mesmo. Quem crê em Jesus está
vivo, mesmo que seu corpo tenha morrido, mesmo que, como Lázaro, já esteja
sepultado. A fé em Jesus faz com que não possamos ser afastados do amor dele,
nem mesmo pela morte. Portanto, a morte perdeu o poder sobre nós. Em Jesus, a
morte foi suplantada. Na união com Jesus já experimentamos aqui e agora a
Ressurreição como uma nova qualidade de vida, como uma forma de vida que não
pode ser morta” (Anselm Grun – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite