Quarta, 17 de julho de 2019


(Ex 3,1-6.9-12; Sl 102[103]; Mt 11,25-27) 
15ª Semana do Tempo Comum.

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos” Mt 11,25.

“A exclamação de júbilo de Jesus é o seu convite aos fatigados e sobrecarregados foram chamados pelos exegetas de pérolas do evangelho de Mateus. Na oração introdutória, Jesus expressa a sua relação de confiança com o Pai. Ele agradece ao Pai o fato de este ter-se revelado aos pequeninos por meio dele mesmo, ou seja, pelo Filho. Jesus anuncia o Reino de Deus precisamente aos pobres, aos simples e aos marginalizados, aos homens e às mulheres da Galileia, aos pobres do campo. Deus se revela em Jesus não àqueles que, por causa da sua formação, têm o direito de conhecer Deus; não, ele se revela aos incultos, aos humildes, aos ingênuos. É a essas pessoas que Jesus oferece, em sua pregação, a participação do seu relacionamento íntimo com o Pai. Ele é o filho – o único que conhece o Pai realmente. O conhecimento do Pai pelo Filho ganha um sentido místico na Igreja primitiva. Conhecer é sempre também amar, ser um só, fundir-se com o outro. É um relacionamento de carinho e amor entre Pai e Filho. E agora o filho introduz também os cristãos nessa relação amorosa com o Pai. O Mestre Eckhart entendeu esse texto da seguinte maneira: a nossa felicidade consiste no conhecimento de Deus, na união com ele. O caminho que leva a essa união com Deus é o Filho e a palavra que o Filho nos confiou (cf. Luz II, 216)” (Anselm Grun –Jesus: mestre da salvação – Loyola). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite