Sexta, 26 de julho de 2019


(Eclo 44,1.10-15; Sl 131[132]; Mt 13,16-17) 
São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria.

“Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” Eclo 44,1.

“A Sagrada Escritura não nos diz nada sobre Santa Ana, mãe de Maria. É o chamado Proto-Evangelho de Tiago que nos narra algo legendário sobre ela. Ana foi casada com Joaquim. Ambos permaneciam sem filhos, apesar do forte desejo de ter uma criança. Sempre pediam isso a Deus em suas orações, mas em vão. Na festa da consagração do templo, Joaquim quis oferecer seu sacrifício com outros devotos, mas o sacerdote o repeliu porque ele era estéril e caía, portanto, sob a maldição da Lei. Isso magoou tanto Joaquim que ele não ousou voltar para casa. Foi para junto dos pastores no deserto. Lá lhe apareceu depois de vinte anos um anjo que lhe anunciou o nascimento de uma filha da qual sairia algo prodigioso. Esse nascimento tardio, segundo o anjo, não é nenhuma vergonha, mas um sinal de que Deus tem coisas maravilhosas reservadas para sua filha. O nascimento tardio exprime que a criança é um presente dado por Deus, não simplesmente o fruto de uma paixão humana. Deus cria um novo começo onde o homem se vê no fim. Ana também recebe a visita de um anjo, que lhe promete a criança. Ana e Joaquim se encontram junto à Porta Dourada e falam sobre a visão comum. Ana fica grávida e dá à luz Maria. Logo depois de três anos, ela entrega a filha ao templo, em conformidade com o voto que fez. Embora saibamos muito pouco sobre Ana, ela é muito amada pelo povo. Sua festa é celebrada em 26 de julho. Ana é o protótipo do maternal. Seu nome hebraico significa ‘Javé teve misericórdia’. E significa: graça, encanto, amor. Na arte, Ana é representada como ‘Ana a três’, juntamente com sua filha e seu neto, o pequeno menino Jesus. Segundo entende a tradição, Ana é a mulher sábia. Ela dá apoio à filha, para que possa fazer justiça ao filho, que trilha um caminho bem diferente do que Maria havia imaginado. Ela é a avó que fornece tanto para a própria filha como para o neto um espaço seguro, no qual podem desenvolver as possibilidades de sua vida” (Anselm Grun – Cinquenta Santos – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite