Quinta, 11 de julho de 2019


(Gn 44,18-21.23-29;45,1-5; Sl 104[105]; Mt 10,7-15) 
14ª Semana do Tempo Comum.

“Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento” Mt 10,9-10.

“A ordem de não levar sacola para o caminho, nem uma segunda túnica, nem sandálias, nem bordão (10,9s) parece condicionada pelos costumes da época, dirigida apenas aos pregadores itinerantes dos primeiros tempos. Mas essas palavras também encerram um recado para nós. A palavra de Deus não é um bem nosso que podemos passar adiante. Somos peregrinos a caminho e à procura de Deus. Só como peregrinos podemos repassar aos outros o que nós mesmos recebemos constantemente de Deus. Ele nos livra dessa pressão de ter de levar a mensagem a todos os homens. Com a nossa mensagem queremos anunciar a paz, levando a paz para dentro das casas das pessoas. Não queremos exigir demais dos seres humanos, queremos tão-somente mostrar o caminho da paz àqueles que se atormentam a si mesmos, que vivem em discórdia consigo próprios e com o seu meio. Mas quando as pessoas não querem essa paz, não devemos atormentar-nos, atribuindo toda a culpa a nós mesmos. Devemos deixa-las. ‘E volte a vós a vossa paz’ (10,13). Não levaremos conosco a decepção, e sim a paz interior. Respeitamos a liberdade das pessoas e reconhecemos também os nossos próprios limites que experimentamos durante o anúncio da Boa Nova” (Anselm Grun – Jesus: mestre da salvação – Loyola). 

Pe. João Bosco Vieira Leite