(Gn 44,18-21.23-29;45,1-5; Sl 104[105]; Mt 10,7-15)
14ª Semana do Tempo
Comum.
“Não leveis ouro, nem
prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas
túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu
sustento” Mt 10,9-10.
“A ordem de não levar
sacola para o caminho, nem uma segunda túnica, nem sandálias, nem bordão
(10,9s) parece condicionada pelos costumes da época, dirigida apenas aos
pregadores itinerantes dos primeiros tempos. Mas essas palavras também encerram
um recado para nós. A palavra de Deus não é um bem nosso que podemos passar
adiante. Somos peregrinos a caminho e à procura de Deus. Só como peregrinos
podemos repassar aos outros o que nós mesmos recebemos constantemente de Deus.
Ele nos livra dessa pressão de ter de levar a mensagem a todos os homens. Com a
nossa mensagem queremos anunciar a paz, levando a paz para dentro das casas das
pessoas. Não queremos exigir demais dos seres humanos, queremos tão-somente
mostrar o caminho da paz àqueles que se atormentam a si mesmos, que vivem em
discórdia consigo próprios e com o seu meio. Mas quando as pessoas não querem
essa paz, não devemos atormentar-nos, atribuindo toda a culpa a nós mesmos.
Devemos deixa-las. ‘E volte a vós a vossa paz’ (10,13). Não levaremos conosco a
decepção, e sim a paz interior. Respeitamos a liberdade das pessoas e reconhecemos
também os nossos próprios limites que experimentamos durante o anúncio da Boa
Nova” (Anselm Grun – Jesus: mestre da salvação –
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite