Sexta, 24 de agosto de 2018


(Ap 21,9-14; Sl 144[145]; Jo 1,45-51) 
São Bartolomeu.

“Natanael disse: ‘De Nazaré pode sair coisa boa? ’ Filipe respondeu: ‘Vem ver! ’” Jo 1,46.

“Não há lugares privilegiados para nascerem pessoas ‘gênios’. A terra é generosa em todos os lugares. A vida concede oportunidade a todos. Não há lugares melhores ou piores. A coisa boa, acima de tudo, é a vida e todos os seus frutos podem desabrochar em qualquer lugar. Porém, nem sempre se acredita nos fatos. Nem sempre se dá crédito às palavras. A palavra é tão usada que se torna vazia. Especialmente quando muito se fala de uma mesma pessoa ou de um mesmo fato, a gente começa a desconfiar. Penso que se estava falando muito de Jesus Cristo e de sua pequena cidade de Nazaré. Os mesmos fatos se repetem hoje em dia. Todos os grandes mestres e artistas, todos os grandes cantores e músicos vivem em grandes cidades. Mesmo que tenham nascido em lugares desconhecidos, o que conta é onde estão morando agora. O que poderá vir de bom de um lugarejo como Nazaré? Natanael quer provas. Quer ver. Quer escutar. Quer conhecer e sentir. E é convidado: ‘vem e vê’. Muito importante é o testemunho. É a experiência. Todos somos um pouco Tomé. Queremos ver e tocar para crer. Melhor que assim não fosse, porém nossa condição de carne e osso, muitas, o exige. Natanael é convidado a fazer a experiência e a faz. Vai, conhece o mestre, e o segue. Vê em sua pessoa e escuta em suas palavras a mensagem da vida e da salvação. Nossas palavras recebem autoridade quando seguidas de fatos. Quando se tornarem testemunho. A palavra é muito importante, mais importante quando ela se torna um fato. Por isso, a Palavra Jesus Cristo, o Verbo eterno, se tornou pessoa, se fez carne. – Senhor Deus, muitos falam de Ti. Dizem onde Tu estás. Fala de tua presença. Nem sempre te vejo e te sinto. Que eu creia mais para sentir tua presença em todas as realidades e em todos os lugares. Tu estás em todos e em tudo. Que eu te veja, Senhor. Amém (Wilson João Sperandio – Graças a Deus [1995] – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite