Quinta, 16 de agosto de 2018


(Ez 12,1-12; Sl 77[78]; Mt ‘8,21—19,1) 
19ª Semana do Tempo Comum.

O grande texto de Ezequiel que a liturgia nos propõe traz o profeta ‘dramatizando’ o que acontecerá a Israel, povo de cabeça dura, como consequência de não ouvir o Senhor, de não aprender com o passado. É esse mesmo termo que Jesus usa quando lhes fala em parábola, para que vendo não vejam, ouvindo não ouçam. O salmo 78, 56-59.61-62 escrito por Asafe, que aqui temos uma pequena parte, inicia com um convite a que o povo incline o ouvido, pois através de parábolas, o Senhor vai falar decifrando enigmas do passado, numa longa lista de coisas que o Senhor realizou em favor do seu povo e do comportamento deste: “Meus pais liam a Bíblia toda todos os anos. Talvez Asafe tivesse acabado de fazer isso quando Deus o levou a escrever o salmo 78. Enquanto lia as grandes histórias do passado de Israel, o autor notou uma tendência muito preocupante: Deus fazia coisas poderosas para resgatar seu povo, mas, em pouco tempo, a nação esquecia o que havia feito. As memorias espirituais do povo eram incrivelmente curtas. O único remédio era recontar seguidamente a história da fidelidade de Deus e da desobediência de Israel. As crianças israelitas em casa ou na escola aos sábados precisavam ouvir a história vez por vez. Talvez – apenas talvez – assim elas não repetiriam os erros cometidos por seus avós. [...] Uma lista ao estilo do salmo 78 pode ser um bom exercício, se você for corajoso o suficiente para encará-la. Quais tem sido as falhas significativas em sua vida? O que aprendeu sobre Deus quando tentou se recuperar do fracasso? Como sua experiência de fracasso no passado mudou a forma como você vive hoje?” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).

  Pe. João Bosco Vieira Leite