(Ez 12,1-12; Sl 77[78]; Mt ‘8,21—19,1)
19ª Semana do Tempo Comum.
O grande texto de Ezequiel que a
liturgia nos propõe traz o profeta ‘dramatizando’ o que acontecerá a Israel,
povo de cabeça dura, como consequência de não ouvir o Senhor, de não aprender
com o passado. É esse mesmo termo que Jesus usa quando lhes fala em parábola,
para que vendo não vejam, ouvindo não ouçam. O salmo 78, 56-59.61-62 escrito
por Asafe, que aqui temos uma pequena parte, inicia com um convite a que o povo
incline o ouvido, pois através de parábolas, o Senhor vai falar decifrando
enigmas do passado, numa longa lista de coisas que o Senhor realizou em favor
do seu povo e do comportamento deste: “Meus pais liam a Bíblia toda
todos os anos. Talvez Asafe tivesse acabado de fazer isso quando Deus o levou a
escrever o salmo 78. Enquanto lia as grandes histórias do passado de Israel, o
autor notou uma tendência muito preocupante: Deus fazia coisas poderosas para
resgatar seu povo, mas, em pouco tempo, a nação esquecia o que havia feito. As
memorias espirituais do povo eram incrivelmente curtas. O único remédio era
recontar seguidamente a história da fidelidade de Deus e da desobediência de
Israel. As crianças israelitas em casa ou na escola aos sábados precisavam
ouvir a história vez por vez. Talvez – apenas talvez – assim elas não
repetiriam os erros cometidos por seus avós. [...] Uma lista ao estilo do salmo
78 pode ser um bom exercício, se você for corajoso o suficiente para encará-la.
Quais tem sido as falhas significativas em sua vida? O que aprendeu sobre Deus
quando tentou se recuperar do fracasso? Como sua experiência de fracasso no
passado mudou a forma como você vive hoje?” (Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite