Segunda, 6 de agosto de 2018


(Dn 7,9-10.13-14; Sl 96[97]; Mt 9,2-10) Transfiguração do Senhor. 

“Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: ‘Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias’” Mc 9,5.

“6 de agosto é dia especial para a tradição religiosa do povo brasileiro. Ainda mais para os baianos, que se orgulham do bonito santuário do Bom Jesus da Lapa. A devoção ao ‘Bom Jesus da Lapa’, em geral denota a presença de baianos, que se espalharam em tanta regiões do Brasil. Esta festa vem acoplada ao Evangelho da transfiguração. Aí encontramos sua verdadeira dimensão religiosa. Tudo o que encontra abrigo no Evangelho, oferece-nos a oportunidade para nos situar melhor no contexto do mistério cristão. O Evangelho relata que Jesus convidou os seus apóstolos mais íntimos, Pedro, Tiago e João, para subirem e um ‘alto monte’. Não diz o nome. Tanto mais simbólica sua referência. O cenário recebe seu significado completo quando os apóstolos se dão conta da inesperada presença de Moisés e Elias. Lucas observa que estavam conversando sobre o que iria acontecer em Jerusalém. Encantado, Pedro chega a propor a construção de três tendas. Era a tentativa de tornar definitivo, o que aparecera de maneira tão instantânea. De repente, uma nuvem envolveu a todos e, de dentro da nuvem, saiu uma voz, afirmando solenemente: ‘Este é meu filho amado’. Era o Pai que dava testemunho do seu Filho. No monte da transfiguração Cristo aparece revestido do esplendor da divindade. A nuvem, símbolo da presença de Deus, era a sua tenda, era a sua morada natural. Assim, era fácil aceitar que fosse o Filho de Deus. Mas a fé dos discípulos, a nossa também, é posta à prova nos acontecimentos de Jerusalém. O Filho desfigurado, no calvário, era o mesmo Filho transfigurado no Tabor. Nossa fé precisa integrar as duas dimensões. – Senhor Bom Jesus, ajudai-nos a viver os sofrimentos desta vida na esperança de participar de vossa glória. Amém!” (Dom Luís Demétrio Valentini – Meditações para o dia a dia (2015) – Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite