(Ez 1,2-5.24-28; Sl 148; Mt 17,22-27)
19ª Semana do Tempo Comum.
“Mas, para não
escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol e abre a boca do primeiro
peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai
entregá-la a eles, por mim e por ti”
Mt 17,27.
“Em certos momentos
Jesus parece um mágico. Com um toque de mágica resolve a situação. Não é bem
assim. Porém, em certos momentos, para mostrar que não tinha nada a ver com o
caso, dava uma solução repentina. Com isso queria ensinar que o interesse dele
estava acima de todas essas mesquinharias criadas pelos costumes e leis
sociais. Também aparece um Jesus engajado. Um Jesus que assume a sua condição
de homem social. Ele também devia pagar os impostos e viver de acordo com os
costumes da época. Não tanto para satisfazer um dever, mas para não brigar. Com
isso ele vem nos ensinar as lições da importância. O que é mais ou menos
importante? O que interessa mesmo? Jesus vai ensinando as lições do reino. Está
todo interessado com o Reino do Pai. Quer que os apóstolos vivam do mesmo jeito
que Ele. Nada deve impedir a busca do Reino, que é feita de vida, de perdão, de
amor, paz, felicidade. O que interessa é o reino da Vida e do Amor. As coisas
cotidianas não devem ser empecilho. Tudo o que entrava para a busca desse Reino
deve ser deixado de lado ou não deve assumir a importância de ter que brigar ou
discutir por causa disso. A grande briga da vida é para se conseguir aquilo que
resolve os desejos profundos do coração do homem. Todas as outras coisas devem
ser resolvidas sem brigar, sem gastar tempo, sem lutar por elas. Toda nossa
estratégia, como foi a de Cristo, é ser diferente e igual ao mesmo tempo com
todos. Ser de cima e ser de baixo. Ser igual e ao mesmo tempo dar uma lição de
diferença pela maneira de viver e agir. – Deus da minha vida. Eu e meus
irmãos nos perdemos muitas vezes em inutilidades que nada respondem aos anseios
da vida. Liberta-nos destes, e concede que possamos perceber as grandes soluções
para as grandes questões, que decidem nossa plenitude, que conduzem para o
Reino da Vida e do Amor” (Wilson João Sperandio – Graças
a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite
