Segunda, 20 de agosto de 2018


(Ez 24,15-24; Sl Dt 32; Mt 19,16-22) 
20ª Semana do Tempo Comum.

“Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico” Mt 19,22.

“A tristeza é a marca do nosso mundo. Para iludir a tristeza se faz programas de piadas e de humor. Se inventa palhaços para provocar o riso e distração. O jovem foi embora triste porque possuía muitos bens. Era alguém preso aos bens materiais. Toda a pessoa materialista é uma pessoa triste. A característica do rico é a preocupação e a tristeza. Olhar para a terra somente, e esquecer-se de olhar para cima é carregar-se de todo o peso que vem dos pés, deixando de lado as asas que vêm de cima. O coração humano é muito mais do que o mundo material. Se os bens materiais respondessem aos desejos do coração humano as pessoas ricas seriam felizes. O coração humano é maior que o mundo. Ele deseja o infinito. Quer muito mais vida do que a vida de poucos anos. Quer muito mais amor do que momentos de amor. Quer muito mais felicidade do que momentos de felicidade. Quer muito mais paz do que momentos de paz sem conflitos. Toda a pessoa triste esqueceu, ou deixou de lado, Deus. Está com o coração preso. Faltam as asas da fé da esperança. Faltam as asas do amor a Deus. Livre é a pessoa que escolheu a vida acima do mundo material, que escolheu o amor acima dos interesses pessoais, que escolheu a partilha acima do poder de acumular, que escolheu a felicidade acima do prazer. ‘Se quiseres ser perfeito, vá, vende o que tens, reparte com os pobres, e terás um tesouro no céu’. Essa é a proposta que continua viva para todos. Em vez de produzir tristeza, como aconteceu no jovem, deve ser notícia de alegria. Tudo é questão de escolha” – Deus dos ricos e dos pobres, Deus dos tristes e alegres, converte meu coração e de todas as pessoas para as realidades que não passam. Que nosso coração não se contente com o visível e o palpável. Que o sonho eterno tome conta de nossa vida e seja a causa de nossa alegria. Amém”  (Wilson João Sperandio – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite