Sábado, 4 de agosto de 2018


(Jr 26,11-16.24; Sl 68[69]; Mt 14,1-12) 
17ª Semana do Tempo Comum.

Sobre Jeremias é decretada uma sentença de morte, apesar de ter feito o que o Senhor lhe pediu. Mas eis que uma voz se levanta, como uma espécie de intervenção divina a seu favor. A súplica do salmista (Sl 69,15-16.30-31.33-34) complementa a leitura e dão voz aos sentimentos do profeta.  “Todos estamos familiarizados com a ideia de sofrer as consequências por algo que fizemos de errado. Seja quando nos encontraram, na infância, com a mão no pote de biscoitos, seja quando fomos multados por excesso de velocidade, todos já sentimos a humilhação e a vergonha de sermos pegos. O que não experimentamos com tanta frequência é sofrer por fazer o que é certo, e era exatamente nessa situação que Davi estava quando escreveu o salmo 69. Seus inimigos estavam tentando destruí-lo, e não tinham nenhum motivo justificável para isso (v. 4). O desprezo lançado sobre Davi era por causa de Deus, não por causa dos seus pecados (v. 7). Seu zelo pela casa do Senhor trouxe insultos que eram, na verdade, destinados a Deus (v. 9). Davi não estava negando sua propensão a pecar e proceder de modo tolo (v. 5); mas a angústia que estava sentindo era fruto de sua piedade, não de suas falhas. [...] ‘A aproximação de Deus é tudo o que precisa aquele que sofre; um sorriso do céu acalmará a fúria do inferno’ (Charles Spurgeon)” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).

Pe. João Bosco Vieira Leite