(Jr 26,11-16.24; Sl 68[69]; Mt 14,1-12)
17ª Semana do Tempo Comum.
Sobre Jeremias é decretada uma sentença
de morte, apesar de ter feito o que o Senhor lhe pediu. Mas eis que uma voz se
levanta, como uma espécie de intervenção divina a seu favor. A súplica do
salmista (Sl 69,15-16.30-31.33-34) complementa a leitura e dão voz aos
sentimentos do profeta. “Todos estamos familiarizados com a ideia
de sofrer as consequências por algo que fizemos de errado. Seja quando nos encontraram,
na infância, com a mão no pote de biscoitos, seja quando fomos multados por
excesso de velocidade, todos já sentimos a humilhação e a vergonha de sermos
pegos. O que não experimentamos com tanta frequência é sofrer por fazer o que é
certo, e era exatamente nessa situação que Davi estava quando escreveu o salmo
69. Seus inimigos estavam tentando destruí-lo, e não tinham nenhum motivo
justificável para isso (v. 4). O desprezo lançado sobre Davi era por causa de
Deus, não por causa dos seus pecados (v. 7). Seu zelo pela casa do Senhor
trouxe insultos que eram, na verdade, destinados a Deus (v. 9). Davi não estava
negando sua propensão a pecar e proceder de modo tolo (v. 5); mas a angústia
que estava sentindo era fruto de sua piedade, não de suas falhas. [...] ‘A
aproximação de Deus é tudo o que precisa aquele que sofre; um sorriso do céu
acalmará a fúria do inferno’ (Charles Spurgeon)” (Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite