Quarta, 22 de agosto de 2018


(Is 9,1-6; Sl 112[113]; Lc 1,26-38) 
N. Sra. Rainha.

“Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’ E o anjo retirou-se. Lc 1,38.

A celebração da memória obrigatória de Maria Rainha, traz para nós o evangelho da anunciação e consequente resposta da Virgem como base de tudo o que lhe sucederá e das honras que lhe prestamos hoje e sempre. Outras reflexões para essa memória podem ser vistas nos anos anteriores. “O idoso sacerdote Zacarias reage com dúvida ao anúncio do anjo Gabriel. Maria, a jovem moça simples de Nazaré, acredita no anjo. Vemos aqui novamente o contraste. Também dentro de nós encontram-se os dois polos: a dúvida e a fé. Lucas nos convida a confiar mais no polo da fé, como Maria. Maria obteve graça junto a Deus. Deus nela se compraz e, por isso, dirige-se a ela com amor. O que o anjo promete a Maria vale também para nós. Também em nós Deus tem seu agrado. Mas nós não correspondemos a isso. Maria entrega-se à graça divina: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Aconteça comigo segundo a tua palavra’ (Lc 1,38). Maria se vê aqui como representante do povo de Israel. Enquanto Israel se rebelou contra a vontade de Deus, ela a cumprirá, representando o povo. Nesta palavra, Lucas mostra sua alta estima por Maria como mulher. Diferente do homem Zacarias, ela se entrega à palavra de Deus. Confia. Uma mulher torna-se a representante do povo de Israel. É por ela se entregar à palavra de Deus que haverá salvação para o povo. O agir parte de Deus, mas deixar Deus agir nele depende também do ser humano. Maria abre, na sua vida pessoal, o espaço para o agir divino. Isso tem consequências para a humanidade inteira” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).
 Pe. João Bosco Vieira Leite