(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40)
33ª Semana do Tempo Comum.
“Que vozes te dei,
Deus meu, quando, ainda noviço em teu verdadeiro amor e sendo catecúmeno, lia
descansando na quinta os salmos de Davi – cânticos de fé, sons de piedade, que
excluem todo espírito orgulhoso – em companhia de Alípio, também catecúmeno, e
de minha mãe, que se juntara a nós com roupa de mulher, fé de homem, segurança
de pessoa idosa, caridade de mãe e piedade cristã! Que vozes, sim, eu te dava
naqueles salmos, e como me inflamava em ti com eles e me acendia a vontade de
recitá-los, se me fosse possível, ao mundo inteiro, contra a soberba do gênero
humano!” (Santo Agostinho - Confissões).
A doença de Antíoco, que não conseguiu
derrotar mais uma cidade, o faz refletir sobre o sofrimento infligido a
Jerusalém, tomando tal sofrimento como consequência de seus atos. Enquanto isso
o salmista dá graças a Deus que o livrou dos seus inimigos: Sl 9 (vv.
2-4.6.16.19). “Davi estava terrivelmente em apuros – pelo menos é
o que parece nesses primeiros salmos. Seu próprio filho rebelou-se contra ele e
o pôs para fora de Jerusalém; outros inimigos atacavam Davi e davam falso
testemunho dele; nações vizinhas testavam a força de Davi. É o bastante para
fazer uma pessoa... orar. Que melhor momento para escrever um salmo quando
estamos em apuros! Quando todos os nossos planos falham, quando fizemos uma
confusão e não há saída, clamamos a Deus como um filho que corre para o pai.
Davi não correu à presença de Deus apenas para pedir-lhe ajuda. Ele foi a Deus
com certeza e louvor, confiante de que Deus operaria poderosamente naquela
situação. ‘Senhor, quero dar-te graças de todo o coração’ (v. 1). Não há nada
de apático na exaltação e alegria de Davi diante do Senhor. Ele estava feliz
por estar lá” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender
Salmos- Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite