Sábado, 25 de novembro de 2017

(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40) 
33ª Semana do Tempo Comum.

“Que vozes te dei, Deus meu, quando, ainda noviço em teu verdadeiro amor e sendo catecúmeno, lia descansando na quinta os salmos de Davi – cânticos de fé, sons de piedade, que excluem todo espírito orgulhoso – em companhia de Alípio, também catecúmeno, e de minha mãe, que se juntara a nós com roupa de mulher, fé de homem, segurança de pessoa idosa, caridade de mãe e piedade cristã! Que vozes, sim, eu te dava naqueles salmos, e como me inflamava em ti com eles e me acendia a vontade de recitá-los, se me fosse possível, ao mundo inteiro, contra a soberba do gênero humano!” (Santo Agostinho - Confissões).

A doença de Antíoco, que não conseguiu derrotar mais uma cidade, o faz refletir sobre o sofrimento infligido a Jerusalém, tomando tal sofrimento como consequência de seus atos. Enquanto isso o salmista dá graças a Deus que o livrou dos seus inimigos: Sl 9 (vv. 2-4.6.16.19).  “Davi estava terrivelmente em apuros – pelo menos é o que parece nesses primeiros salmos. Seu próprio filho rebelou-se contra ele e o pôs para fora de Jerusalém; outros inimigos atacavam Davi e davam falso testemunho dele; nações vizinhas testavam a força de Davi. É o bastante para fazer uma pessoa... orar. Que melhor momento para escrever um salmo quando estamos em apuros! Quando todos os nossos planos falham, quando fizemos uma confusão e não há saída, clamamos a Deus como um filho que corre para o pai. Davi não correu à presença de Deus apenas para pedir-lhe ajuda. Ele foi a Deus com certeza e louvor, confiante de que Deus operaria poderosamente naquela situação. ‘Senhor, quero dar-te graças de todo o coração’ (v. 1). Não há nada de apático na exaltação e alegria de Davi diante do Senhor. Ele estava feliz por estar lá” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos- Thomas Nelson Brasil).


 Pe. João Bosco Vieira Leite