(Rm 16,3-9.16.22-27; Sl 144[145]; Lc 16,9-15)
31ª Semana do
Tempo Comum.
Apesar das sérias críticas que Jesus
lança sobre o legalismo nos evangelhos, é preciso compreender que para muitos
judeus piedosos, a Lei era uma espécie de caminho de identificação pessoal com
a vontade de Deus. Essa preocupação detalhista queria ser uma expressão de
amor, pois onde existe amor verdadeiro, ele se traduz em detalhes, como quem
está atento e se antecipa para agradar a quem ama, sem que esse venha a
expressar a nossa falta de atenção. “Se a Lei de Moisés pode infundir
tanto amor a Deus e dar força à criatura humana, o que não deverá ser para nós
a Lei de Cristo! Eis aqui a regra de ouro para rezar os Salmos da Lei: onde
aparece a palavra ‘Lei’, ou algum de seus sinônimos (preceito, aliança,
mandamento etc.), basta pensar na Lei de Cristo, no Espírito Santo, no
evangelho, no sermão da montanha, na graça, ou no mandamento novo do amor.
Então nos parecerá muito natural dizer a Cristo que sua Lei é mais doce que o
mel e mais preciosa que o ouro fino” (Hilar Raguer – Para
Compreender os Salmos – Loyola).
Paulo faz suas saudações finais e
agradecimento a Deus por confirmar a seus leitores na fé transmitida por ele no
evangelho, realização das Escrituras proféticas. A liturgia reza tudo isso no
salmo 145 (vv. 2-5.10-11) que bendiz a Deus pelas suas obras e pelo modo como
aqueles que nele creem divulgam suas obras e com louvores O bendizem! “O
Senhor Deus, forte e glorioso, não permanece ‘fechado’ na Sua grandeza, mas
manifesta-Se através dos prodígios salvíficos em favor do homem. Alcançados em
Cristo pelo Seu projeto salvífico, unimo-nos ao salmista, reconhecendo e
louvando a glória do Senhor, manifestada para a nossa salvação” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite