Terça, 5 de abril de 2016

(At 4,32-37; Sl 92[93]; Jo 3,7-15) 
2ª Semana da Páscoa.

Uma das consequências da ressurreição de Jesus foi a organização dos seus discípulos a partir das pequenas comunidades de fé, marcadas pelo testemunho de uma vida nova e pela partilha que desde sempre caracterizou o estilo de vida de Jesus. É disso que nos fala a 1ª leitura.
Passadas as narrativas das aparições de Jesus a seus discípulos, é hora de aprofundarmos um pouco esse mistério pascal. Jesus conversa com Nicodemos, que o procura as escondidas, para ouvir o novo mestre. É o chamado “Discípulo da Madrugada” que o Pe. Fábio de Melo desenvolve em seu livro, numa espécie de ficção religiosa. Jesus lhe fala de um novo nascimento que se dá pela força do Espírito, o mesmo que Jesus soprará em abundância sobre os seus discípulos para gerar homens novos. Ao mesmo tempo Jesus anuncia a sua Paixão como ato que inaugurará esse tempo novo. Ressuscitar é a experiência que parte do interior para alcançar toda a vida do indivíduo: “O homem nascido do alto, do espírito, entende-se como alguém que tem o seu fundamento mais profundo em Deus. Renascimento não significa melhora moral do ser humano, e sim contato com a verdadeira origem em Deus” (Anselm Gurn, “Jesus, porta para a vida”).  


Pe. João Bosco Vieira Leite