(At 6,8-15; Sl 118[119]; Jo 6,22-29)
3ª Semana da Páscoa.
3ª Semana da Páscoa.
A figura de Estevão, um dos primeiros
diáconos da Igreja primitiva, vai despontando não só com aquele que serve, mas
como aquele que prega a Palavra. Ao mesmo tempo na sua figura vai se delineando
traços da paixão de Jesus com as difamações que culminarão na sua morte, mesmo
inocente. É um retrato de identificação que vai marcar o surgimento dos
mártires cristãos que impactaram os observadores do cristianismo na época
levando a se perguntarem que fé é essa que leva uma pessoa a entregar sua vida?
João evangelista não narra a
instituição da Eucaristia, mas oferece nesse capítulo 6 que estamos
acompanhando e meditamos numa série de domingos durante o ciclo B da
liturgia dominical, todo um discurso que gira em torna dessa realidade. Parece
que João lança uma crítica sobre a prática do seu tempo, convidando seus
ouvintes a ficarem atentos e não fazerem da Eucaristia um rito mágico, mas
lembrando-lhe que essa exige conversão. As palavras de Jesus ao fim do texto
são claras quanto a busca que fazem d’Ele. João liga à realidade do sacramento
a vivência da fé concretamente em Jesus, que o Pai enviou. Ao usar o termo
sinais, João deixa claro que não se tratam de milagres, mas fatos,
acontecimentos que remetem a algo mais profundo. Peçamos ao Senhor essa mesma
clareza da força desse sacramento salutar para que busquemos não só o pão, mas
o Cristo todo, cuja Palavra de vida norteia a nossa vida.
Pe. João Bosco Vieira Leite