Segunda, 11 de abril de 2016

(At 6,8-15; Sl 118[119]; Jo 6,22-29) 
3ª Semana da Páscoa.

A figura de Estevão, um dos primeiros diáconos da Igreja primitiva, vai despontando não só com aquele que serve, mas como aquele que prega a Palavra. Ao mesmo tempo na sua figura vai se delineando traços da paixão de Jesus com as difamações que culminarão na sua morte, mesmo inocente. É um retrato de identificação que vai marcar o surgimento dos mártires cristãos que impactaram os observadores do cristianismo na época levando a se perguntarem que fé é essa que leva uma pessoa a entregar sua vida?

João evangelista não narra a instituição da Eucaristia, mas oferece nesse capítulo 6 que estamos acompanhando e meditamos numa série de domingos durante o ciclo B da liturgia dominical, todo um discurso que gira em torna dessa realidade. Parece que João lança uma crítica sobre a prática do seu tempo, convidando seus ouvintes a ficarem atentos e não fazerem da Eucaristia um rito mágico, mas lembrando-lhe que essa exige conversão. As palavras de Jesus ao fim do texto são claras quanto a busca que fazem d’Ele. João liga à realidade do sacramento a vivência da fé concretamente em Jesus, que o Pai enviou. Ao usar o termo sinais, João deixa claro que não se tratam de milagres, mas fatos, acontecimentos que remetem a algo mais profundo. Peçamos ao Senhor essa mesma clareza da força desse sacramento salutar para que busquemos não só o pão, mas o Cristo todo, cuja Palavra de vida norteia a nossa vida.
                                 

Pe. João Bosco Vieira Leite