Sexta, 29 de abril de 2016

(At 15,22-31; Sl 56[57]; Jo 15,12-17) 
5ª Semana da Páscoa.

Por esse texto de Atos podemos entender a importância que tem para a Igreja esses documentos, cartas, exortações... Um modo de comunicar aquilo que foi decidido pelas lideranças sob a luz do Espírito para o bom encaminhamento da vida das comunidades de fé. Nossa vida cristã, na vivência da comunhão e da unidade precisa de nossa atenção ao que diz o magistério de nossa Igreja. Há muita coisa importante e interessante que desconhecemos.

Jesus reforça o que já havia dito no capítulo 13 que acompanhamos nesse domingo passado. O amor de Jesus, referência no nosso agir cristão no amor, tem na entrega de Jesus a sua maior expressão: dar a vida. Jesus os chama de amigos, aqueles com quem compartilhamos nossa vida e nossa intimidade e pelo qual o afeto é livre de qualquer interesse. Quem ama o Filho, ganha a simpatia do Pai, por isso podemos livremente e confiantemente expressar a ele o desejo do coração. “Nessa imagem da amizade, João descreve o mistério da nova relação de Deus com nós homens, que se tornou realidade por Jesus. Somos amigos de Deus. Somos amigos de Jesus. O amor amical é pura dádiva. Não nos sentimos mal em vista da obrigação de retribuí-lo. Ele simplesmente está aí. Quando passamos a ser amigos, o amor flui espontaneamente. Na imagem do amigo, Jesus nos mostra nossa dignidade. Estamos na mesma altura dele. Tornamo-nos íntimos. Ele se abriu conosco. Revelou-nos tudo o que ouviu do Pai. Estamos a par de todos os segredos desse amigo divino. A morte de Jesus não nos deve causar remorsos, como se fôssemos culpados. Pelo contrário, na morte Jesus está especialmente perto de nós, como nosso amigo. É nesse momento que é selada a nossa amizade. Podemos experimentar como somos importantes para Jesus, a ponto de ele entregar a sua vida por nós”  (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).

Pe. João Bosco Vieira Leite