(At 15,22-31; Sl 56[57]; Jo 15,12-17)
5ª Semana da Páscoa.
Por esse texto de Atos podemos entender
a importância que tem para a Igreja esses documentos, cartas, exortações... Um
modo de comunicar aquilo que foi decidido pelas lideranças sob a luz do
Espírito para o bom encaminhamento da vida das comunidades de fé. Nossa vida
cristã, na vivência da comunhão e da unidade precisa de nossa atenção ao que
diz o magistério de nossa Igreja. Há muita coisa importante e interessante que
desconhecemos.
Jesus reforça o que já havia dito no
capítulo 13 que acompanhamos nesse domingo passado. O amor de Jesus, referência
no nosso agir cristão no amor, tem na entrega de Jesus a sua maior expressão:
dar a vida. Jesus os chama de amigos, aqueles com quem compartilhamos nossa
vida e nossa intimidade e pelo qual o afeto é livre de qualquer interesse. Quem
ama o Filho, ganha a simpatia do Pai, por isso podemos livremente e
confiantemente expressar a ele o desejo do coração. “Nessa imagem da amizade,
João descreve o mistério da nova relação de Deus com nós homens, que se tornou
realidade por Jesus. Somos amigos de Deus. Somos amigos de Jesus. O amor amical
é pura dádiva. Não nos sentimos mal em vista da obrigação de retribuí-lo. Ele
simplesmente está aí. Quando passamos a ser amigos, o amor flui
espontaneamente. Na imagem do amigo, Jesus nos mostra nossa dignidade. Estamos
na mesma altura dele. Tornamo-nos íntimos. Ele se abriu conosco. Revelou-nos
tudo o que ouviu do Pai. Estamos a par de todos os segredos desse amigo divino.
A morte de Jesus não nos deve causar remorsos, como se fôssemos culpados. Pelo
contrário, na morte Jesus está especialmente perto de nós, como nosso amigo. É
nesse momento que é selada a nossa amizade. Podemos experimentar como somos
importantes para Jesus, a ponto de ele entregar a sua vida por nós”
(Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).
Pe. João Bosco Vieira Leite