Segunda, 4 de abril de 2016

(Is 7,10-14;8,10; Sl 39[40]; Hb 10,4-10; Lc 1,26-38) 
Anunciação do Senhor.

A solenidade da Anunciação do Senhor nesse ano caiu na Sexta-feira Santa e depois seguiu-se as oitavas de Páscoa onde nenhum santo ou festa é celebrado. Foi uma particular coincidência que ocorre de tempos em tempos onde o mistério da encarnação e da redenção se encontram e fazem parte de um único aspecto celebrado em tempos distintos.

As leituras desta solenidade nos falam não somente da resposta de Maria ao Anjo, mas também dos sentimentos de Jesus no momento da encarnação; assim a liturgia nos convida a perceber as semelhanças entre as palavras de Maria e o que Jesus disse ao Pai ao entrar no mundo. É só compararmos o que diz a segunda leitura e o evangelho no “sim” de ambos. Essa identificação dos dois com a vontade divina é algo por si só digno de alegre contemplação.

Apesar de ser uma festa do Senhor e não mariana, a figura de Maria ganha especial destaque nessa sua abertura a Deus, ao Seu amor. Algo que nos é apresentado como modelo a estarmos prontos, em qualquer circunstância, a fazer a vontade de Deus, na fé e na alegria, sabendo que Deus é bom, e mesmo na dificuldade de realizar a Sua vontade, Ele sempre fará o melhor para nós, ainda que desconheçamos todos os efeitos do nosso sim.


Pe. João Bosco Vieira Leite